Contato imediato de segundo grau
(Samuel da Mata)
Em 1965 foi o meu primeiro contato sensorial indireto com aquele ser. Indireto, porque veio em pó, num invólucro brinhante beirando ao rosa. Depois, desfeito das vestes e imerso em água, tornou-se caudaloso e aveludado como um cobertor de flanela.
Quando o toquei, senti-me numa outra dimensão, algo especial, indescritível. Para os filhos da necessidade, coisas aparentemente simples têm um encantamento inimaginável. Foi assim que conheci o Strawberry, que muito tempo depois me apresentaram como morango.
Muitos anos se passaram, mas nem mesmo o desgustar da fruta tem a mesma magia daquele contato imediato de segundo grau. O primeiro Strawberry a gente nunca esquece.
(Samuel da Mata)
Em 1965 foi o meu primeiro contato sensorial indireto com aquele ser. Indireto, porque veio em pó, num invólucro brinhante beirando ao rosa. Depois, desfeito das vestes e imerso em água, tornou-se caudaloso e aveludado como um cobertor de flanela.
Quando o toquei, senti-me numa outra dimensão, algo especial, indescritível. Para os filhos da necessidade, coisas aparentemente simples têm um encantamento inimaginável. Foi assim que conheci o Strawberry, que muito tempo depois me apresentaram como morango.
Muitos anos se passaram, mas nem mesmo o desgustar da fruta tem a mesma magia daquele contato imediato de segundo grau. O primeiro Strawberry a gente nunca esquece.