O Homem Que Tomou no Cu
Herbert, adorava beber com os amigos. Um hábito que entrou em sua vida de forma precoce. Desde pequeno, tomando aqueles pequenos goles, dito inocentes. O gosto era amargo no início, mas com o tempo, se tornou suave. Era um Bride na alegria e outro na tristeza, até que a cirrose os separe. Faziam aquelas rodinhas para decidir quem agüentava mais, o chamado fígado de ouro, como apelidaram o vitorioso, que como troféu, recebia o respeito dos amigos cachaceiros. A coisa pegava fogo, aliás, viviam de fogo. Uma festa era motivo de grande alegria, pois costumavam beber sem previsão de término. Casamento então, era evento para deixar o sujeito encharcado. Havia trenzinho e toda espécie de dança ou excentricidade que o álcool é capaz de incentivar o indivíduo. O pão diário era servido em algum boteco modesto, de clientela duvidosa. Algumas mulheres eram ainda mais competitivas no copo e ouviam comentários do tipo, “essa daí é sem fundo”. Herbert, o beberrão, como alguns maledicentes o chamavam, trabalhava em um escritório de marketing, mas nada grandioso como aqueles que fazem campanhas políticas e recebem altas propinas. Era algo bem mais modesto.
Em um casamento, um convidado se irritou com outro e mandou o rapaz tomar no cu. Aquilo intrigou Herbert, que já bêbado, pensou que seria interessante provar aquilo. Adentrou o banheiro e deitou de cabeça para baixo, já sem as calças, tentando aproximar o rabo o máximo possível da direção da boca. Um conhecido entrou o sanitário e pensou que o outro, de tão bêbado, estava tentando comer o próprio cu. O fato é que foi interado acerca da situação. Outros homens foram convocados, apenas um tanto que cabia no sanitário. O noivo veio pessoalmente assistir o episódio, como um convidado de honra. O primeiro passo foi enfiar uma garrafa de cerveja no cu, na verdade foi apenas o gargalo. Sentiu um incômodo e alguém disse que ia sangrar, sugerindo passar um pouco da maionese servida no buffet. Com as partes lubrificadas, ou melhor, as pregas, o gargalo deslizou e Herbert virou o conteúdo da garrafa. Sentiu uma vontade de cagar imensa e pensou que ia explodir de tanta vontade de eliminar a cerveja. Com dificuldade e amparado pelos amigos, virou de ponta cabeça, na verdade, de cu para a cabeça. Fez força como se fosse peidar e a cerveja jorrou molhando o peito dele todo e os outros convidados.
O fato foi comentado e disseram que foi corajoso por tentar aquela proeza. Marcaram um novo evento de bebedeira. Todos reunidos no banheiro, após a festa ter se prolongado, só que dessa vez, conseguiram um canudo longo, usado em coquetéis. Herbet, fez o mesmo procedimento, mas sem utilizar maionese, lubrificando-se com uma vaselina que um amigo do peito lhe comprou, na verdade era amigo do cu. Tudo pronto e ele posicionado. O canudo dentro e começou a sugar a cerveja. Sentiu algum gosto de merda, mas bebeu assim mesmo. Um rapaz mais sensível, vomitou ali mesmo ao ver a cena. Mas ele não ficou satisfeito. Tomar no cu de canudinho ao exigia uma complexidade e estudou meios. Aquilo se tornou o objetivo de sua vida, chegando a praticar ioga para ter mais elasticidade. Treinava em casa e nada de obter resultados. Até conhecer uma contorcionista e se submeter a uma operação para retirar umas costelas. Logo ele estava craque e escolheu um evento para realizar o ato. foi no casamento de um primo que morava no exterior. Viajaram e a coisa se desenrolou em um hotel chique de gringo.
Agora, mulheres e homens estavam assistindo. Tudo ocorria naquele momento da festa que já se bebeu tanto que as pessoas perderam a noção de qualquer coisa. Herbet estava lá, era o centro das atenções, roubara os holofotes dos noivos. Os noivos estavam bem empolgados. Estava sendo gravado e seu vídeo estouraria na internet. Se contorceu todo, já com o rabo cheio de cerveja e sua boca alcançou as pregas. Ia expulsando o líquido e bebendo em pequenos goles o que ia escorrendo. Poderiam dizer que bebia pelas beiradas. Resolveram colocar mais um pouco de bebida e a cena ia se repetindo, entre vômitos de pessoas com estômago sensível. Quando ocorreu a tragédia. Colocaram mais uma vez o gargalo da garrafa para entornar outra porção de cerveja, não se sabe se por uma contração brusca do sujeito ou uso incorreto de quem posicionou o recipiente. Acontece que o gargalo partiu e rasgou o cu de Herbert, que foi levado às pressas para o hospital com cacos enfiados no seu reto. Passou por cirurgia e nunca mais se aventurou em tais práticas. Passou a ser motivo de galhofa e começou a viver isolado. A empresa de marketing em que trabalhava, utilizou seu caso para promover uma campanha para vibradores e que dizia que acidentes poderiam ocorrer com outros objetos inadequados. Ficou conhecido como o rapaz que “tomou no cu”, alguns acresciam, “literalmente falando”. Precisou mudar de país para conseguir viver com dignidade. Hoje trabalha em uma rede de fast-food e tem uma vida normal.