Trama

Resolvido a desfazer um esquema de corrupção que estava envolvido sem que por longo tempo desse conta. Os autores, alguns muito íntimos, confabulavam para promover sua morte. Durante uma discussão em um terreno onde faziam uma negociata, a mulher encurralada utiliza uma seringa para me picar a mão. Consegue fugir e fico com receio que seja veneno ou algo do tipo. O carro sai levantando poeira. Em um evento beneficente, cheio de artistas. Como a Xuxa, com aqueles bonecos ridículos que carrega consigo. Um dos corruptos, com rosto sorridente estende a mão. Me desvio do cumprimento e volto irritado gritando o quanto é desprezível aquele sujeito além de ser criminoso. Ele se volta irritado, se fazendo de desentendido. Caminho pelo corredor repleto de pessoas. Vejo um sujeito dentro de um pote e faço uma piada a respeito, um jovem de cabeça raspada acha graça. Saio triunfante. Não tenho mais o que temer.

Chegamos em um bar e bebemos com amigos. As cervejas vindo e a conversa seguindo. Pessoas se aglomeram em mesas ao redor. Fizeram longa viagem. Caso de amor. Como o meu caso. Só que eu vim de lá e agora era ela quem vinha. Quer dizer. Saí da cidade onde nasci e vim em busca de um amor, após doze horas ou mais de ônibus. Uma moça da cidade que agora estou também conheceu alguém da minha antiga cidade e foi pra lá e agora retorna aqui como visitante. Idas e vindas. Coisas que só o sistema de transporte de passageiros conseguiria explicar. Mantemos uma boa conversa, sem ninguém preso a nenhuma dessas tecnologias que fazem imperar um silêncio mortal em uma mesa de bate-papo. Gente retardada que sai de casa para ficar mexendo no computador com os amigos. Isso eu faço em casa. Na rua o lance é interagir. Mas hoje a molecada acha que pode enfiar o pau no tablet ou algo do tipo. pessoal sem criatividade. Geração de nerds de merda.

Chega! Vamos agora providenciar um assalto. Os amigos se reúnem. Homens e mulheres. Máscaras e uma ideia boa na cabeça. Separamos as armas que conseguimos adquirir com o esforço financeiro coletivo. Todos dispostos a enfrentar o que tiver que enfrentar. Aquela ansiedade minutos antes do ato. A adrenalina no ápice. Paramos carro e descemos. Antes avistamos uma patrulha fazendo ronda e aguardamos, dando uma volta pelos quarteirões. Paramos em frente ao banco. É noite. Descemos e vamos direto aos caixas. Atirando com metralhadoras e destruindo as travas que dão acesso ao compartimento de dinheiro. Só conseguimos obter moedas. As sacolas ficam pesadas. Vimos uma movimentação fora e sentimos que é o momento de deixar o lugar. Na rua uma caminhonete com policiais verifica nosso caro que estava estacionado, homens com lanternas. Dobramos a esquina em sentido contrário. Retiramos as máscaras e nos aproximamos de uma casa com um belo carro próximo. Pessoas conversam de dentro com alguém na calçada. Dizemos que é uma emergência médica. As pessoas não relutam em deixar conosco o veículo. Saímos seguros e conversando, comigo ao volante observando o espelho retrovisor. Ninguém nos seguindo. Sucesso. Não fomos pegos.

Bruno Azevedo
Enviado por Bruno Azevedo em 22/12/2013
Código do texto: T4621565
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