O Presente

Em uma viagem a um sítio. Familiares descem empolgados, explorando os cômodos da casa bem arejada. Arrumam as bagagens, sorriem contando casos. Alguns ficam, enquanto outros se dirigem a um casebre mais distante. O lugar, de lago pequeno e abandonado, serve de fonte a um pequeno rebanho que pasta pelos arredores. O verde predomina, mas colorações distintas se insinuam em uma flora não muito rica. Construções de madeira abandonadas são vistas pelas redondezas, provocando aquela dúvida sobre como eram antes de se tornarem esquecidas.

Na casa, o rapaz lê uma obra Jorge Amado, sentado no sofá. A empregada arruma a casa, com sua filha brincando pela casa. A mulata, tranca a porta de entrada, trazendo seu corpo junto ao do jovem leitor, que não hesita. Abre o decote e se depara com dois seios rígidos e pequenos, com mamilos e auréolas protuberantes, sugando fortemente aqueles frutos oferecidos. Já dispersando a roupa, deitando-se no sofá pequeno, acomodando de qualquer jeito os corpos excitados. Penetra com tanto tesão que sente quase gozar, interrompendo o ato por um ruído suspeito. Ambos se vestindo e afastando, mas com um comichão dentro das calças.

Saindo para o aeroporto, o rapaz para em um bar, deixando seu livro próximo ao balcão. Encontra conhecidos, amigos feitos ao acaso. Observa passar por eles um artista famoso, pergunta se deve lhe pedir um autógrafo. O velho taxista diz que sim, que fará o mesmo. Para o artista e faz o pedido, sendo atendido prontamente, recebendo uma obra de presente. Quando faz o pedido pelo rapaz, o artista se volta para o jovem, olhando em seus olhos, negando, dizendo que jamais poderia ofertar algo assim, que nem mesmo ele compreenderia a obra, saindo resoluto. O leitor fica enfurecido, pensando em fazer algum discurso intelectual, mas por fim, se mantém calado. O artista volta e lhe mostra uma obra, pedindo uma opinião, mas obtendo apenas um balançar de ombros indiferente, já que o rapaz mantinha a raiva pelo que havia ocorrido anteriormente.

Volta para o local de embarque. Ainda sonha com aqueles pequenos seios de ébano. A boca saliva, o membro enche a cueca. Resolve pedir uma bebida em outro bar. De repente, é surpreendido pelo artista, que saca uma pintura e lhe entrega, sem dizer uma palavra. Ele observa todos aqueles traços, realmente não os entende, mas sorri, sente uma felicidade, não feito a que tivera penetrando a empregada, mas algo que o faz abandonar leitura por alguns momentos. O taxista acena, já que corre para não perder o voo.

Bruno Azevedo
Enviado por Bruno Azevedo em 19/08/2012
Código do texto: T3838043
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