A Travessia

Em uma espécie de ilha, toda feita em pedras, recordando alguma fortaleza presidiária. Três pessoas, desejando livrar-se daquele cárcere. Nas bordas, uma extensão de água que envolvia o lugar. A busca por outra saída, mas apenas aquela superfície aquosa era evidente. Avistou-se uma metrópole, parecia não muito distante, reuniram-se para elaborar um plano. Um dos prisioneiros, encontrara uma espécie de jangada. Aproveitando-se do ambiente noturno, pularam nas águas, para se camuflarem pelas trevas da madrugada.

Fora em vão as tentativas de subirem na singela embarcação, quando um conseguia subir, fazia com que outro caísse. Era difícil manter o equilíbrio, e os três juntos a faziam afundar com o peso. A luta se estendeu até o outro dia, quando o guardião já havia despertado. Assumiram o risco, um destemido Siegfried, após os outros subirem, resolveu ir a nado, empurrando a jangada. As águas, mais escuras que a noite, coberta com vegetação de folhas secas, parecia medonha.

Da margem, o herói pula nas águas trevosas, com coragem e força, move a embarcação, balançando os pés que se fazem de motor. Na cabeça, os pensamentos temerosos acerca das criaturs marinhas que poderiam devorá-lo. Talvz o trajeto fosse além do que supusera, suas forças poderiam se exaurir. Antes de se lançar nas águas, havia percebido o tesouro da sentinela, ao qual se apoderou, levando consigo e entregando-o aos embarcados.

Um quadrado de algo que parecia ter uma consistência botânica, que nem mesmo era algum metal precioso. Mas que fez a sentinela enfurecer-se, indo rapidamente atrás dos fugitivos. Ao ver os três se distanciando, mirou com sua arma de vigilância e disparou, fazendo com que projéteis passassem bem próximos do herói, que se distanciava com pernadas fortes. Sem se darem conta, estavam na outra margem, longe do local que jamais imaginaram conseguir fugir.

Próximos a uma espécie de córrego, com suas margens rochosas e leito ralo, contemplavam a vista da ilha distante, bem como o tesouro que mantiveram seco durante o trajeto. Um alívio inundara os peitos oprimidos, ao mesmo tempo a angústia, diante daquele novo momento, único e misterioso, que agora iriam explorar e tentar desvendar, sempre com a imagem daquele momento que vivenciaram na transição.