Outis
O meu estranhamento é com meu sonho, o sonho de um gigante gritando “ninguém”, um gigante tentando me ferir ao som do meu riso zombeteiro. E ao contrário da expressão do gigante, eu fico serena, olho pro gigante e pergunto sarcástica: “quem está te causando tanto sofrimento?” e o gigante perante minha voz grita como para me fazer surda: “ninguém”!
Mesmo aos gritos, ao pavor da cena, continuo serena, eu tenho tudo nas mãos, inclusive um gigante! E minha serenidade perturba o gigante que só grita de dor, eu sou Ninguém. Estou aqui para perturbar e iludir o gigante com minha serenidade. Eu sou Ninguém. Ninguém perturba o gigante, e o gigante assim responde minhas perguntas: “ninguém”, o problema, é que eu sou Ninguém.