ORGIA & A FADA AZUL

O emaranhado de pernas, braços e corpos nús, sumos de gente juntavam-se aos suores corporais. O salão era repleto de sofás bem largos, camas de casal tão grandes, que poderia se fazer uma festa sobre elas. Só haviam portas nos banheiros e, apenas na parte reservada aos vasos sanitários.

As paredes eram revestidas de toda a sorte de acessórios sexuais, brinquedinhos eróticos, cordas, elásticos, argolas e algemas. As cores fortes do lugar instigavam volúpia. A atmosfera inebriante era esfumaçada, como a dos antigos cabarés. A música ambiente era francesa e, falava de amor em todas as suas formas. Certamente, não se ouviria algo do tipo nas rádios. 

O leitor deve estar pensando....mais um conto sexual ou de batida policial em alguma casa de swingue e, está certo, exceto pela fadinha azul, que borboletava por todos os cômodos, com os seus aproximadamente trinta centímetros...isso mesmo trinta centímetros.

Os detetives atenderam uma denúncia anônima, mas,  nada encontraram de ilegal no lugar, mas, fadinhas só nos contos infantis e, aquela era muuuuito real, assustando os tarimbados e competentes policiais em questão.

A azulzinha, batia as asinhas com muita rapidez, aspergindo olores esfumaçados, o que explicava a embaçada atmosfera. O perfume da fumaça, era gostoso e suavemente adocicado. Não fazia sentido a presença dela ali, aliás na vida real, uma fada azul ou de qualquer outra cor, não existia. 

Horas depois, os policiais Antony Jadel e Mia Luna, despertam do transe, graças a um telefonema do admistrador do lugar, para a emergência.

Os seus olhos estavam arregalados, as bocas só pronunciavam a frase...a fada azul...a fada azul... O ambiente da casa de swingue, estava tomado de gás entorpecente, que deixava todo mundo presente, bem louco, tendo visões.

Somente quando os policiais, ficaram plenamente conscientes, puderam entender que não estavam loucos, só em transe, não havia nenhuma fada azul. O local foi autuado e, os responsáveis por fornecer o produto, pegaram alguns meses de cadeia, no mais, a casa de swingue seguia o seu funcionamento normal, a pleno furor.