Ocorrência policial inusitada
Rio Verde, 24 de abril de 1997 – Quinta-feira
Levantei-me da cama mais ou menos 06:30. Fui no tanque no térreo ao lado da cozinha escovei os dentes e lavei o rosto. Acontece vários fatos que não conto no meu diário, às vezes por esquecimento ou por falta de espaço, por não me alongar. Como por exemplo, ontem, na madrugada de quarta-feira, mais ou menos 03:30 fui acordado pelo o Dr. Pio delegado regional, meu chefe, que chegou na viatura com o giroflex ligado, queria que eu fosse com ele ver um incidente ocorrido com o juiz de Direito Dr. Delintro na churrascaria Casarão com um garçom, em que houve uma discussão devido o garçom não querer mais servir o juiz e sua companheira por ser tarde ou hora de fechar, e houve troca de socos. Arrumei-me rapidamente e deixei as chaves da carceragem da cadeia com o soldado PM da ronda. Quando chegamos lá, o garçom já tinha evadido do local e fomos até a sua casa, mas ele não estava. Depois, eu e o Dr. Pio fomos numa boate e sentamos numa mesa com duas mulheres, sendo que uma delas tentou me seduzir; tomei uma lata de cerveja. Passado um pouco de tempo chegaram dois policiais civis, o Góes e o Adejaime, que estava acompanhado de uma mulher. Era quase 06:00 quando fomos embora. Às 08:00 passei as chaves da carceragem do presídio para o policial civil Sebastião Carioca e fui para a república descansar-me do plantão.
(Do meu livro Minha história, diário 96,97 e 98, em revisão)