Astrogildo Rubenstar - Carlos Murici e Henriqueta Solaris

Astrogildo estava em seu escritório, pensando como faria para marcar um encontro com o Senhor Carlos Murici sem que esse homem escorregasse por suas mãos quando o telefone tocou.

- Detetive Rubenstar!

- Quem fala é Carlos Murici, quero marcar uma hora com o senhor.

- Posso saber do que se trata, Senhor Murici?

- É um assunto do seu interesse e garanto que vai gostar de saber o que tenho para falar.

- Muito bem, tenho o dia livre hoje, se desejar pode vir ao meu escritório.

- Estou a caminho.

Astrogildo ficou pensando que aquilo só poderia ser um presente dos deuses, justamente a pessoa que ele estava querendo falar, liga e marca um encontro.

Passou-se meia hora quando a campainha do escritório do Detetive tocou, mas para sua surpresa quem estava à porta era uma mulher.

- O Senhor é Astrogildo Rubenstar?

- Esse é o nome que está na porta e quem é a Senhora?

- Me chamo Henriqueta Solaris e sou Chefe de Gabinete do Senador Karuã Sarkis e quero lhe falar.

- Faça a gentileza de entrar.

Agora Astrogildo ficou impressionado e ao mesmo tempo preocupado. Uma figura daquelas dentro do seu escritório só podia ser brincadeira.

Henriqueta Solaris era uma mulher de 45 anos, morena, tinha 1,70m, cabelos negros, corte chanel, seu perfume era doce e vestia uma saia de couro preta, blusa de meia manga azul marinho e um salto vermelho, era bem misteriosa e séria, seus olhos verdes, piscavam como um farol.

- O que deseja, Senhorita?

- Bem, Detetive, o senhor deve estar a par desses assassinatos que estão ocorrendo no alto escalão do Governo.

- E quem não estar?

- Muito bem, vim aqui para lhe contar uma coisa que pode lhe ajudar nas investigações, acho que a informação que tenho é bem valiosa.

- E o que a leva pensar, senhorita que estou investigando esse caso?

- Hora detetive, não se faça de louco, um homem do seu gabarito não estaria enfiado nesse caso? Tenho certeza que sim, prestigio é tudo.

- Interessante seu ponto de vista, Senhorita Solaris.

- Está ou não interessado no que tenho a lhe contar?

- Não sei, me diga você o quanto essa informação é importante.

- Detetive, trabalho para um dos homens mais poderosos do Governo, acha mesmo que não tenho nada de importante para lhe falar?

- E quanto essa revelação vai custar?

- Cinquenta mil reais - Indagou a Senhorita Solaris.

- Mais é um abuso muito grande de sua parte vir até meu escritório e tentar me estorquir.

- Não estou querendo lhe estorquir, quero fazer negócios.

A sala do detetive tinha vista para um outro prédio, muito grande, espelhado e tinha um terraço, lá do alto alguém espreitava dentro da sala de Rubenstar.

- E como vou saber se o que vai me dizer é verdade?

- O senhor como detetive tem um faro bom para descobrir o que é verdade ou não.

- Façamos assim, vou lhe dar 15 mil reais pela informação e se eu achar que é verdade, lhe pago o restante.

- Quinze mil não paga nem esse sapato que estou usando, detetive.

- Problema seu, se quiser aceitar, essa é minha proposta, caso contrário, tenha um bom dia senhorita Solaris.

- Melhor quinze do que nada - disse Solaris.

- Então...

- Vou lhe dar pistas de quem é o assassino e o senhor pode investigar e verás que tudo o que digo é verdade, te garanto que o Senador Karuã Sarkis não tem nada a ver com esses assassinatos.

- Agora sim está ficando interessante nossa conversa.

Quando a Senhorita Solaris continuou a falar, foi atingida em cheio por um disparo de arma de fogo que estourou seus miolos bem no meio da sala do Detetive Astrogildo Rubenstar que chocado com a cena, ficou paralisado ante aquela cena de terror e nessa mesma hora, a campainha da porta tocou, tirando o detetive do seu transe e quando ele abriu a porta, diante dele, estava o Senhor Carlos Murici que sacou uma pistola de dentro do seu blazer de corte italiano e fuzilou o detetive Rubenstar que caiu, já sem vida no chão, Carlos Murici virou as costas e foi embora.

Continua...

A C Junior
Enviado por A C Junior em 28/09/2020
Código do texto: T7074745
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