Combate

Em um lugar remoto, dois grupos se enfrentam, em uma batalha fatal. O primeiro esquadrão, comandado por uma guerreira experiente, parte com sua artilharia motorizada, com pequenos veículos terrestres, circundando o alvo. Nas águas violentas, pequenos veículos aquáticos, que cerca e disparam incessantemente. A bordo de uma enorme embarcação, o comandante responde ao fogo inimigo, com canhões de alta precisão e munição devastadora. Seguro de seu posicionamento, pede que sua tripulação não descuide, pois a vitória será apenas uma questão de tempo. Os ataques cirúrgicos que recebem não são percebidos como muito graves, o que é uma ingenuidade. Sem que percebam, observam a embarcação quase invencível ir a pique, afundando lentamente sob uma chuva de projéteis. O rosto feminino que pedia que suas tropas seguisse adiante.

Após o naufrágio da máquina de guerra marítima, as tropas vão em direção a base que ficava escoltada por aquele feroz guardião. No mar, o comandante observa os solitários combatentes irem em direção ao alvo, resgatando o navio e o utilizando para ir de encontro à barragem. A mulher pede que os náufragos se unam a suas tropas, com intuito de dar fim ao que chamou de pesadelo apocalíptico. O comandante, ainda atordoado, é resgatado e levado para cabines do subsolo, onde se tranca em um sanitário, lavando o rosto e tentando amenizar a tensão. Resolve ligar para a sua algoz, lhe dizendo que irá se unir a ela contra o inimigo comum. Sem saber, ao lado de onde se encontra, o grande mentor da fortaleza que seria atacada escuta o ato de traição. Tenta invadir com chutes a câmara onde se encontra o comandante, mas é interrompido pelo som de tropas inimigas que se aproximam.

O temível inimigo, utiliza um traje voador, saindo de encontro aos alvos que tentam destruir seu reinado, atirando mísseis e tentando abater o máximo possível de oponentes. Até que um tiro certeiro o derruba. A guerreira acerta mais um alvo, fazendo com que o sujeito se despedaçasse ao chocar-se no solo, tanto pela alta velocidade em que planava, quando pela altura em que se encontrava. Instalaram diversos dispositivos explosivos na entrada da fortaleza, enquanto viam ao longe, alguns soldados que tentavam impedir o levante. Em meio a uma coluna de vigas que se encontrava no lado direito da base a ser invadida, estenderam uma malha, que caía feito uma teia, onde teriam que escalar e passar através de uma muralha para se protegerem da grande explosão. Quase todos atravessaram, somente uma das mulheres da infantaria hesitou, por medo de altura, mas acabou superando seu temor. O comandante chegando ao local, também sentiu o calafrio por aquela escalada, mas pensou que também não poderia recuar, com membros trêmulos foi subindo, fitando vez ou outra o abismo que se formava abaixo, com leves tonturas, até conseguir a árdua tarefa de transpor o colossal obstáculo.

Do outro lado o mecanismo foi acionado, causando uma explosão que fulminou os soldados que chegavam para impedir o assalto, bem como os restos mortais do imperador, que fora varrido pela onda de fogo. A muralha foi despedaçada e alguns dos insurgentes projetados a longas distâncias. Mas o combate não havia terminado. Aliados do antigo imperador se reuniam para uma tentativa de restabelecer a antiga ordem. Tanques se organizavam em fileiras ainda mal formadas. A mulher, guerreira, pediu que suas tropas avançassem e combatessem o inimigo que ainda se mantinha de pé, mas com cautela. Impetuosamente, o comandante se dirigiu em alta velocidade ao encontro dos tanques. Algo havia tomado seu ser, fazendo com que fosse impelido a ir de encontro ao antigo aliado e agora inimigo. Fizera um movimento com o braço esquerdo, como se engatilhasse um armamento, parecia feito de algo mecânico, pronto a disparar artilharia pesada de seus membros e com uma couraça que o tornava praticamente invencível. Todos observavam espantados, enquanto corria de peito aberto e sem aparentemente portar armas, de encontro a tanques, com seus canhões apontados de forma coreográfica. Algo havia mudado, e o desejo pela morte se fazia presente no coração dos combatentes, que não temiam nada.

Bruno Azevedo
Enviado por Bruno Azevedo em 16/07/2013
Código do texto: T4390483
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