A traição conhece meu nome

Sempre paro meu descanso, não por voluntária vontade.

É doloroso... Dói... Dessa dor, quero que liberte-me... - Palavras de um início, prostradas em um final... - Se... Estou determinada a morrer...

Você prometeu me proteger. Não me fazer sofrer e eu só queria que você esperasse... A promessa de não traição... Meus ouvidos devem ter escutado errado, ou em meus últimos suspiros eu devo ter só imaginado. - De olhos abertos, o que meus braços querem alcançar?

Sonhos... Estranhos sonhos... Sou soterrada por tantos, e as noites que deveriam me embalar em seu colo deixam-me assim, exposta a linha fina de não acaso. Desagradável noite. Não consigo me lembrar de nenhuma “ilusão” ao despertar. Não entendo o porquê, tenho a nítida sensação que eu não deveria esquecer coisas que pressinto serem muito mais que importantes. Éramos dois, que em terra vazia vivíamos. E há pouco tempo nos conhecíamos, mas era como se já fosse ha muito tempo corrido.

“- Eu lhe conheço?”

Sei que o curso do “destino” deve ter achado graça, e calmamente soltado uma risada escondida, aquela do canto da boca, com metade imersa em repreensão. Minha pergunta foi tão tola? Não era óbvio?

“Aqueles brilhantes olhos... Era como se eles tivessem acordado meu coração adormecido. Como posso explicar? Oh, pois... É como se eles não fossem desse mundo. Estes olhos... “- Finalmente te encontrei!”... Como palavras fantasmas me disseram e eu me perguntei “O que foi isso?”

Perdoe-me as ações... Não sei quem sou de fato, há poucas coisas que conheço, e que de outro mundo me lembro. Se eu errei... Peço desculpas, assim de modo mudo, de forma silenciosa, pois permaneço algemado, amordaçado e rodeado por espinhos.

“- Não te parece familiar?” Não... Não pode.

“Eu estou aqui...” Foi o que você me disse quando eu sofria. “Não tente resolver tudo sozinho... Pois ainda estou aqui por você.”

Como se atreve a prometer não me trair?! Se não podes cumprir... Como realmente não cumpriu... Busco a resposta do que devo fazer e sinto-me, lágrimas esmeram meu rosto como último recurso frenético. Meu copo transbordou.

O que é esse sentimento de nostalgia? Parece que o mantenho sempre.