Da morte á Liberdade

Era uma noite como outra qualquer, não fosse o fato de eu estar nua e amarada. Não sentia dor, ao contraio, sentia um prazer tão degradado e ao mesmo tempo, um prazer do qual nenhum outro homem havia me feito sentir.Não sabia como tinha chegado aquele lugar, não consegui ver nada...apenas sentia o vento frio que me tocava, como um amante, desde os pés, subindo por minhas pernas e chegava até meu ventre...senti-me com medo e, ao mesmo tempo, estava adorando.Não conseguia pensar em nada, apenas se sairia de lá viva ou então se eu encontraria a morte, quando então uma mão gélida tocou meus seios.A mão, que me dava medo e prazer, foi descendo por meu corpo e sentia um prazer tão terrível...prazer este que eu sequer sabia de onde vinha.Como se fosse esperado, veio uma voz morta e doce, sussurrou em meus ouvidos e me disse:

-Não tema minha doce criança, em breve não sentirás mais a dor ou o medo.Viverás uma vida invejada,uma vida sem medos, uma vida cheia de prazeres.

Senti-lhe sorrir, e então percebi que ele havia perfurado minha virilha.Tentei lutar, porém o prazer tornara-se mais poderoso do que eu. Em poucos segundos senti um alivio e um prazer que percorreram toda minh’alma, nesse momento ele tirou-me à venda...ao mesmo tempo em que me sentia aliviada, sentia um medo que não poderia ser descrito.Quando olhei, o meu diabólico salvador e vi o quão belo era ele...apaixonei-me por seu angelical e mortalmente perigoso sorriso, ele era alto, de cabelos curtos e negros, apresentava-se descamisado, e com uma calça e descalço.Era forte, podia sentir suas mãos fortes e delicadas....tocarem meus lábios. Sua boca, ainda rosada pelo sangue, tocou a minha como num sonho.E sorrindo,disse-me:

-Hoje eu te libertei...

Tentei dizer algo, algo que nem eu sabia o que era....

-Sihh...

Disse-me ele e tocando meus lábios, terminou:

-Em poucas horas, minha amada dama-da-noite, você se sentira melhor...agora durma minha amada, durma e então acordara para a tão sonhada vida que nós temos.

Acordei derrepente, toda suada e com muita sede...e então á pensar, comecei a rir, e dizia para mim mesma que aquilo não havia passado de um sonho, um sonho do qual eu esperava nunca mais viver....Só que mal sabia eu que aquele sonho, não seria o único tampouco o ultimo...

"Leiam minha apresentação: http://www.recantodasletras.com.br/cartas/2394709"

Le Vay
Enviado por Le Vay em 24/03/2008
Reeditado em 23/07/2010
Código do texto: T915034
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