Contos de terror psicológico 01 – A Mulher
Contos de terror psicológico 01 – A Mulher
Ela era uma mulher deslumbrante com uma pele negra, cabelos raspados, seu corpo esculpido exibe curvas elegantes, enquanto seus pés descalços, embora um pouco sujos, emitiam uma sensualidade sugestiva.
Após uma festa que acabou as 02:45 da madrugada, suas amigas embriagadas não foram capazes de oferecer carona a mesma, sendo obrigada a voltar para casa sozinha.
Daniele segurando seus saltos finos nas mãos enquanto atravessa a madrugada solitária, encara com medo e ansiedade seu destino incerto.
Do outro lado da rua, metamorfoseado como se fosse o próprio Diabo, estava um homem magro de idade avançada, com rugas profundas esculpidas pelo tempo, seu olhar gélido e penetrante analisando cada curva do seu corpo até os seus pezinhos sujos.
O desespero se apodera de Daniele ao perceber a ameaça que paira na noite. Seus passos aceleram, ecoando ansiosamente pela rua vazia, enquanto tenta desesperadamente se distanciar do olhar predatório do homem. Cada respiração torna-se pesada, e a sensação de vulnerabilidade a envolve enquanto tenta correr, mas seus pés descalços a impedem.
A escuridão parece fechar-se ao redor, ampliando a sensação de isolamento. O olhar fixo do homem intensifica a angústia de Daniele, transformando cada passo e cada sombra em obstáculos.
O medo cresce, e ela luta contra a crescente sensação de estar encurralada na escuridão da noite.
O homem se aproxima de Daniele com passos arrastados, seu olhar predatório fixo nela como se fosse uma presa.
Daniele, sentindo o arrepio da ameaça, acelera ainda mais seus passos, enquanto a rua deserta parece se esticar indefinidamente diante dela.
Em meio ao desespero claustrofóbico, Daniele, sem perceber, vira uma esquina qualquer. A rua desconhecida revela-se ainda mais escura e desolada.
Ao redor, um novo grupo de homens emerge das sombras, cercando-a silenciosamente.
Gritos abafados de desespero e gemidos de prazer ecoam ao longe, misturando-se ao silêncio opressivo da noite.
A escuridão da rua absorve seus lamentos, deixando apenas lembranças aos seus familiares.
- Gerson De Rodrigues in Contos & Goétia