Contos de Horror 05 - CORRA
Contos de Horror 05 - CORRA
O fedor de carniça e o sangue seco faziam sua pele coçar como sarna; em uma sensação de espanto, ele acordou.
Estava deitado em um chão gélido, incapaz de se mover, apenas sentindo a pele coçar e um odor que o levava à sensação de ânsia ao tentar vomitar, regurgitando para dentro e engolindo o próprio vômito.
Percebendo, então, que sua boca estava costurada, ele se debateu em angústias, tentando se levantar.
Ao forçar suas pernas, caiu de quatro, um tombo terrível e estrondoso, fazendo-o urrar de dor. Deitado no chão, urrando e chorando sem entender o que estava acontecendo, ouviu ao longe passos em salto alto, provavelmente de uma mulher.
Uma porta se abriu, iluminando o local. Ela era maravilhosa, corpo voluptuoso, saltos finos, pezinhos 34, uma verdadeira beldade.
Ela se agachou de forma inocente e doce.
- Tobby? Oi querido, está chorando? Vem com a mamãe.
Mamãe?! Pensou de forma desesperada! Por que ela está me tratando como um cachorro? O que está acontecendo?
Desesperado, não conseguia dizer uma única palavra, e, ao caminhar de quatro, sua única maneira de andar, seguiu-a, um caminhar desajeitado.
Ao cruzar a porta, deparou-se com uma cena assustadora.
Imediatamente paralisou, ignorando toda a dor, toda a situação; finalmente, a chave em sua cabeça havia se virado.
Estagnado, começou a se comportar como um cachorro.
Havia um grupo de pessoas na sala de estar; era impossível compreender a língua da qual falavam.
Uma frase conhecida pelos livros de história chamou sua atenção: “Sieg Heil!, Heil Hitler!, Heil mein Führer!”
Em um momento de agonia extrema, a voz da mulher doce e empática susurrou em seu ouvido
- Bem-vindo ao seu pesadelo eterno, meu querido Tobby.
- Gerson De Rodrigues in Contos & Goétia