Contos de horror 04 – O Ano novo
Contos de horror 04 – O Ano novo
Faltavam nove minutos para meia noite, a rua estava repleta de famílias e crianças os céus infestados de luzes e fogos de artifício. A lua reluzente, iluminava as poças de água nos canteiros das calçadas que outrora foram alvejadas de uma enxurrada de chuva.
Samael estava em seu quarto, no escuro, a única luz que ali iluminava era o reflexo da lua que entrava pelas frestas da janela. Este era apenas um dos diversos finais de ano que ele passava sozinho.
Bom, talvez não tão completamente sozinho. Mas sim, acompanhado pelo Diabo, e pelas angustias que transformadas em lágrimas e ódio, faziam dele um perfeito suicida.
Ele estava cansado da solidão, a filosofia já não tocava mais a sua alma, e Deus sempre foi uma fantasia Kafikiana que de nada a ele importava.
Ele abre um pequeno espaço na janela, e com os olhos forçando entre a pequena fresta da janela, ele observou de costas a sua mãe, seu pai, e alguns dos seus familiares pela última vez.
Faltavam apenas um minuto para meia noite. Ele pegou um velho lençol, um dos seus prediletos, aquele que durante a primeira infância o forneceu seus sonhos mais doces.
Amarrou na parte mais elevada do quarto, enxugou as lágrimas em seu rosto triste e cansado, colocou o lençol em seu pescoço e se enforcou.
Seu corpo se debatia...
Era meia noite
Sua mãe abre a porta, havia um presente em suas mãos. Era um dos seus doces prediletos
- Filho? Filho? Feliz ano novo.
- Gerson De Rodrigues in Contos & Goétia