Isadora, Corra!
Era uma vez um castelo sombrio e sinistro cujo qual ficava nas montanhas escarpadas. Todos os moradores da aldeia próxima evitavam passar perto dele, pois diziam ser habitado por um demônio cruel e despótico.
Mas havia uma jovem chamada Isadora que não acreditava em superstições. Ela sempre se sentiu atraída pelo castelo, mesmo a deduzir que corria poderia estar em perigo. Um dia, a destemida, decidiu investigar mais sobre ele e descobrir a verdade sobre sua misteriosa existência.
Ao chegar ao castelo, Isadora encontrou portões pesados e gradeados, mas conseguiu entrar por uma janela quebrada. O interior do castelo estava escuro e coberto de teias de aranha, mas a jovem continuou adiante, determinada a descobrir seus segredos.
De repente, ela escutou passos pesados se aproximando e rapidamente se escondeu atrás de uma cortina. Quando os passos chegaram mais perto, Isadora viu um homem vestido de preto, com olhos frios e sombrios. Ele parecia uma criatura maligna, como se estivesse possuído pelo demônio que habitava o castelo.
Sem pensar duas vezes, Isadora correu pelos corredores escuros e chegou a uma sala grande e sombria, onde viu uma figura sentada em uma poltrona de couro escuro. Era um homem velho e encarquilhado, com cabelos brancos e olhos azuis brilhantes.
Você é a intrusa que veio investigar meu castelo - disse ele, com uma voz rouca e sinistra.
Eu só queria saber a verdade sobre esse lugar - respondeu Isadora, com medo.
A verdade é que eu sou o demônio que habita esse castelo, e todos que entram aqui nunca mais saem - disse o homem, rindo sinistramente.
Isadora tentou correr, mas as portas da sala se fecharam com estrondo e ela ficou presa. O demônio se aproximou dela, com um sorriso maligno no rosto, e a jovem começou a rezar, pedindo ajuda aos céus.
De repente, uma luz brilhante invadiu a sala, e o demônio desapareceu com um grito de raiva. Isadora conseguiu abrir as portas e correu para fora do castelo, sem olhar para trás.
Ao chegar à aldeia, contou sua história e todos ficaram espantados. Mas a partir daquele dia, a aldeia nunca mais teve notícias do castelo e do demônio que habitava lá. Dizia-se que a luz brilhante que salvou Isadora era a proteção divina, e que o castelo foi destruído pelo fogo celestial.
Mas, à noite, muitos moradores da aldeia afirmavam ter ouvido gritos sinistros e risadas malignas vindo das montanhas. E alguns, corajosos o suficiente para investigar, nunca mais voltaram.
Isadora, agora uma mulher madura, continuava a rezar todas as noites e contava sua história para as pessoas, como uma advertência para que não se aventurassem no castelo sombrio. E ainda hoje, muitos anos depois, muitos habitantes da aldeia evitam passar perto das montanhas escarpadas, temendo encontrar o castelo e o demônio que habita lá.
Fim.