VAZIO REPLETO (terror/policial) - miniconto
Jadel era limitado, obtuso e vazio de sentimentos. Sua vida era um buraco cavado e ôco, nele residia o mal dos mal nascidos, as dúvidas das almas penadas, as febres vulcânicas, as demências bestiais. Seu rancor não era por algum problema familiar, tampouco trauma por amores perdidos, era simplesmente um rapaz claro, comum e de classe média, mas, incapaz de sentir qualquer coisa, exceto ódio, por tudo e por todos. Sua maldade transpassava ruas e calçadas. Seu alvo do momento era o trem das dezoito horas.
Duas semanas de preparação, tudo calculado fria e milimétricamente, o tempo estimado para o ataque fora fácil prever, o trem nunca se atrasava e suas paradas nas estações eram precisas. Se divertiria com o medo estampado nos olhos atônitos, na constatação do terror inesperado, ato feito saíria na estação seguinte deixando as armas para trás, sem o casaco com capuz, com boné azul e branco, se misturando aos próximos passageiros no horário de pico. Não haveria diferença entre ele e as outras pessoas, tinha um tipo físico bem comum, exceto pela a alegria com que nos fones de ouvido, reproduziria os gemidos gravados e exultaria.
Tudo certo dentro de seu planejamento, exceto a presença de Maria Luna, doce, meiga, seis aninhos de idade e perdida dentro do vagão, não encontrando seu irmão mais velho, seguiu à risca as recomendaçõds famiiares e ficou sentada no mesmo lugar, aguardaria ser encontrada pelo irmão ou por um policial, pois ele avisaria a sua família. O assento de Maria Luna era ao lado de Jadel. Quando deu início a matança programada, a menina se joga no chão e se finge de morta.
Moradora de uma comunidade carente e perigosa, sabia se proteger, o pavor a consumia com as cenas horríveis que estavam se desenrolando, muito sangue e gemidos, mas, tudo foi tão rápido e quando o trem parou na estação ela teve uma reação inusitada, gritou por um segurança, quando o homem se aproximou ela descreveu direitinho o assassino e suas roupas, de posse destes dados ele foi pego por policiais na saída da estação, ainda tentou uma reação, chegou a ferir um pessoa com um canivete de mola, mas, foi abatido a tiros. Jadel fez muitas vítimas, causando uma enorme comoção. Sem motivo algum para aquela atitude inominável num início de noite comum, restou em muitos corações apenas dor e torpor. Quando 'a senha entrasse, a saudade viria em cédulas de duzentos, sem a possibilidade de trôco'...
* Imagem - Fonte - Google
* pixabay.com
Jadel era limitado, obtuso e vazio de sentimentos. Sua vida era um buraco cavado e ôco, nele residia o mal dos mal nascidos, as dúvidas das almas penadas, as febres vulcânicas, as demências bestiais. Seu rancor não era por algum problema familiar, tampouco trauma por amores perdidos, era simplesmente um rapaz claro, comum e de classe média, mas, incapaz de sentir qualquer coisa, exceto ódio, por tudo e por todos. Sua maldade transpassava ruas e calçadas. Seu alvo do momento era o trem das dezoito horas.
Duas semanas de preparação, tudo calculado fria e milimétricamente, o tempo estimado para o ataque fora fácil prever, o trem nunca se atrasava e suas paradas nas estações eram precisas. Se divertiria com o medo estampado nos olhos atônitos, na constatação do terror inesperado, ato feito saíria na estação seguinte deixando as armas para trás, sem o casaco com capuz, com boné azul e branco, se misturando aos próximos passageiros no horário de pico. Não haveria diferença entre ele e as outras pessoas, tinha um tipo físico bem comum, exceto pela a alegria com que nos fones de ouvido, reproduziria os gemidos gravados e exultaria.
Tudo certo dentro de seu planejamento, exceto a presença de Maria Luna, doce, meiga, seis aninhos de idade e perdida dentro do vagão, não encontrando seu irmão mais velho, seguiu à risca as recomendaçõds famiiares e ficou sentada no mesmo lugar, aguardaria ser encontrada pelo irmão ou por um policial, pois ele avisaria a sua família. O assento de Maria Luna era ao lado de Jadel. Quando deu início a matança programada, a menina se joga no chão e se finge de morta.
Moradora de uma comunidade carente e perigosa, sabia se proteger, o pavor a consumia com as cenas horríveis que estavam se desenrolando, muito sangue e gemidos, mas, tudo foi tão rápido e quando o trem parou na estação ela teve uma reação inusitada, gritou por um segurança, quando o homem se aproximou ela descreveu direitinho o assassino e suas roupas, de posse destes dados ele foi pego por policiais na saída da estação, ainda tentou uma reação, chegou a ferir um pessoa com um canivete de mola, mas, foi abatido a tiros. Jadel fez muitas vítimas, causando uma enorme comoção. Sem motivo algum para aquela atitude inominável num início de noite comum, restou em muitos corações apenas dor e torpor. Quando 'a senha entrasse, a saudade viria em cédulas de duzentos, sem a possibilidade de trôco'...
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