Ela olhou para a janela. Mais um dia que demoraria a passar. Na cama quis dormir mais um pouco. Não pode, logo a inspetora veio a acordar.
Saiu da (beliche). Desceu. Era cedo, um domingo qualquer. Como todos os domingos? Monótono.
No refeitório. Olhava as meninas que como ela esperava.
A idade passava e isto era um problema.
Depois de tomar o café. O de sempre. Chá, com uma fatia de pão caseiro sem graça, que era colocado uma margarina que remetia a plástico.
Foi e sentou não poderia passear pelo jardim, afinal, a chuva não permitia passear pelo jardim. A grama, as árvores e as margaridas lhe acalmavam.
A vida não estava sendo fácil. Ficar trancada naqueles muros. Sempre as mesmas caras, e a rotina de sempre estava tornando tudo insuportável.
A noite chegou.
Graças a Deus! chegou.
Na sala de estar, sentou no sofá que cheirava a mijo. Iria assistir um pouco da mesma coisa de todos os domingos. Sílvio Santos. Logo após a sopa rala e cama.
E começaria a segunda-feira, a terça-feira, a quarta-feira, a quinta-feira, a sexta-feira, o sábado e enfim o domingo.
Na segunda-feira houve algo novo. A gorda sardenta, sim ela, recebeu sua boa notícia. Saiu alegre. Restaria a mim uma esperança?
Fui arrumar meu quarto. Nada restou do que esperar. Eu já tenho 14 anos e a vida está passando. Nem ler me resolve muita coisa. Meu corpo não parece mais de uma menina. Já me pareço a uma mulher, pequena mais mulher. E isto é péssimo.
Os anos passam e como passam. Cheguei aos quinze anos. Sem esperança de sair.
Conheci a minha última esperança de liberdade. Era um velho asqueroso só isto posso lhe dizer.
Saiu da (beliche). Desceu. Era cedo, um domingo qualquer. Como todos os domingos? Monótono.
No refeitório. Olhava as meninas que como ela esperava.
A idade passava e isto era um problema.
Depois de tomar o café. O de sempre. Chá, com uma fatia de pão caseiro sem graça, que era colocado uma margarina que remetia a plástico.
Foi e sentou não poderia passear pelo jardim, afinal, a chuva não permitia passear pelo jardim. A grama, as árvores e as margaridas lhe acalmavam.
A vida não estava sendo fácil. Ficar trancada naqueles muros. Sempre as mesmas caras, e a rotina de sempre estava tornando tudo insuportável.
A noite chegou.
Graças a Deus! chegou.
Na sala de estar, sentou no sofá que cheirava a mijo. Iria assistir um pouco da mesma coisa de todos os domingos. Sílvio Santos. Logo após a sopa rala e cama.
E começaria a segunda-feira, a terça-feira, a quarta-feira, a quinta-feira, a sexta-feira, o sábado e enfim o domingo.
Na segunda-feira houve algo novo. A gorda sardenta, sim ela, recebeu sua boa notícia. Saiu alegre. Restaria a mim uma esperança?
Fui arrumar meu quarto. Nada restou do que esperar. Eu já tenho 14 anos e a vida está passando. Nem ler me resolve muita coisa. Meu corpo não parece mais de uma menina. Já me pareço a uma mulher, pequena mais mulher. E isto é péssimo.
Os anos passam e como passam. Cheguei aos quinze anos. Sem esperança de sair.
Conheci a minha última esperança de liberdade. Era um velho asqueroso só isto posso lhe dizer.