O CORPO NU - (terror/mistério/reflexão)
O passeio na floresta era guiado e seguro, a Dra. Verdannis uma famosa ornitóloga, formou uma pequena caravana com seus mais proeminentes alunos, para pesquisarem os hábitos noturnos de um pássaro em especial, o Urutau, dentre os seus alunos estavam Mia, Rosa e Leandro Luiz extremamente curiosos, tudo transcorria bem até que numa trilha mais estreita um corpo nu de mulher aparece em posição fetal, aquilo assustou todo mundo exceto Leandro Luiz que estava visivelmente transtornado. O rádio e o celular dos guias foram acionados rapidamente, ninguém se aproximou do corpo, pois era nítido pela cor da pele que a mulher estava morta. As moças estavam muito nervosas, mas, a Dra. Verdannis tentava acalmá-las e Leandro Luiz continuava agindo de forma muito estranha, por duas vezes tentou ir embora, mas, foi alertado pelos guias que ali agora todos eram testemunhas, então, ele se aquietou embora parecesse assustado. À princípio ninguém parecia conhecer a moça, tampouco viraram seu rosto encoberto pelos cabelos louros, precisavam esperar a polícia e perícia, Leandro Luiz estava tão nervoso, a Dra. Verdannis comentou com Mia que estranhava que ele não dirigisse o olhar para o corpo nu da mulher, não lhe parecia aversão e sim medo...
Leandro Luiz, era um cara estudioso e soturno, se teve ou tinha problemas familiares nunca se abrira com ninguém, o que sua mente distorcida escondia era a sua total aversão à mãe, isso talvez tivesse começado ainda na maternidade, ele era um bebê que chorava horrores, ao ser amamentado se enroscava em posição fetal e por muitas das vezes regurgitava o leite materno. Como era nesta posição que ele parecia ter algum conforto, por meses sua mãe o posicionava desta maneira na cama e no passar dos anos, se comportava bem exceto quando olhava para ela, quando corria e se enroscava na cama como um feto, isso o fazia se sentir protegido dos perigos. Perigos estes que só existiam em sua mente, sua mãe era amorosa demais e não entendia o porquê dele se sentir tão mal perto dela. No colégio era um aluno sociável e aplicado, sempre com boas notas e até se destacava em ciências e física, teria um grande futuro segundo os seus professores, talvez na idade adulta se tornasse um pesquisador ou cientista. Aos dezoito escolheu estudar os pássaros e vivia pelas matas, com ou sem a presença de guias ou professores, já tinha até descoberto uma ave que todos achavam ter desaparecido e ganhou um prêmio por isso, com o valor saiu da casa dos pais, mas, continuava dormindo em pose fetal, talvez por força do hábito, inteligente e esquisito aquele rapaz. Nos últimos três meses ele rondava a sua antiga casa ficava observando sua mãe de longe, nunca se dando a perceber, parecia um vício. Falava com o pai raramente pelo telefone e se afastava cada vez mais da família até esquecê-los totalmente, ao que parecia...
Leandro Luiz, não imaginou que a excursão àquela mata, justo àquela mata se daria tão cedo...
O passeio na floresta era guiado e seguro, a Dra. Verdannis uma famosa ornitóloga, formou uma pequena caravana com seus mais proeminentes alunos, para pesquisarem os hábitos noturnos de um pássaro em especial, o Urutau, dentre os seus alunos estavam Mia, Rosa e Leandro Luiz extremamente curiosos, tudo transcorria bem até que numa trilha mais estreita um corpo nu de mulher aparece em posição fetal, aquilo assustou todo mundo exceto Leandro Luiz que estava visivelmente transtornado. O rádio e o celular dos guias foram acionados rapidamente, ninguém se aproximou do corpo, pois era nítido pela cor da pele que a mulher estava morta. As moças estavam muito nervosas, mas, a Dra. Verdannis tentava acalmá-las e Leandro Luiz continuava agindo de forma muito estranha, por duas vezes tentou ir embora, mas, foi alertado pelos guias que ali agora todos eram testemunhas, então, ele se aquietou embora parecesse assustado. À princípio ninguém parecia conhecer a moça, tampouco viraram seu rosto encoberto pelos cabelos louros, precisavam esperar a polícia e perícia, Leandro Luiz estava tão nervoso, a Dra. Verdannis comentou com Mia que estranhava que ele não dirigisse o olhar para o corpo nu da mulher, não lhe parecia aversão e sim medo...
Leandro Luiz, era um cara estudioso e soturno, se teve ou tinha problemas familiares nunca se abrira com ninguém, o que sua mente distorcida escondia era a sua total aversão à mãe, isso talvez tivesse começado ainda na maternidade, ele era um bebê que chorava horrores, ao ser amamentado se enroscava em posição fetal e por muitas das vezes regurgitava o leite materno. Como era nesta posição que ele parecia ter algum conforto, por meses sua mãe o posicionava desta maneira na cama e no passar dos anos, se comportava bem exceto quando olhava para ela, quando corria e se enroscava na cama como um feto, isso o fazia se sentir protegido dos perigos. Perigos estes que só existiam em sua mente, sua mãe era amorosa demais e não entendia o porquê dele se sentir tão mal perto dela. No colégio era um aluno sociável e aplicado, sempre com boas notas e até se destacava em ciências e física, teria um grande futuro segundo os seus professores, talvez na idade adulta se tornasse um pesquisador ou cientista. Aos dezoito escolheu estudar os pássaros e vivia pelas matas, com ou sem a presença de guias ou professores, já tinha até descoberto uma ave que todos achavam ter desaparecido e ganhou um prêmio por isso, com o valor saiu da casa dos pais, mas, continuava dormindo em pose fetal, talvez por força do hábito, inteligente e esquisito aquele rapaz. Nos últimos três meses ele rondava a sua antiga casa ficava observando sua mãe de longe, nunca se dando a perceber, parecia um vício. Falava com o pai raramente pelo telefone e se afastava cada vez mais da família até esquecê-los totalmente, ao que parecia...
Leandro Luiz, não imaginou que a excursão àquela mata, justo àquela mata se daria tão cedo...
Na semana da combinada excursão Mia, Rosa e a Dra. Verdannis estavam muito animadas e compartilhavam suas expectativas com Leandro Luiz, que à princípio se esquivou de participar, mas, a professora disse que seria muito importante para o seu trabalho final, então, não teve como se abster de ir ao asseio explorador, mas, justo naquela mata...existiam muitas trilhas por ali, talvez nem passassem perto de uma na qual não desejava transitar. Ele divagava em seus pensamentos.
Maldita hora em que enveredaram por aquele caminho...
Avistar o corpo nu na mata em posição fetal lhe trouxe um tremor dentro d’alma, um frio na espinha e um pavor inconfesso. Quando a polícia chegou com a perícia a história relatada por todos era a mesma, mas, ao virarem o corpo da defunta se pode perceber que era uma mulher linda de meia idade, por volta dos quarenta e cinco anos, com os seios dilacerados e inegavelmente parecida com Leandro Luiz, se não fosse a sua mãe, por certo alguma parente próxima. Naquele instante Leandro Luiz surtou e agarrando violentamente Mia e Rosa, começou a gritar como um louco.
- Eu mato as duas! Eu mato as duas!
E viram em uma de suas mãos uma arma pequena e prateada, talvez feita por encomenda.
Foi um estupor geral, ninguém se mexia, só Mia chorava copiosamente. Rosa estava como que atônita com a situação e não esboçava um suspiro que fosse. A Dra. Verdannis estava protegida por um policial e um dos guias ficou à sua frente e tentava acalmar Leandro Luiz, cujos olhos sombrios estavam vermelhos de ódio, ali ninguém entendia o que estava acontecendo.
Rosa saindo de sua pasmaceira começou a gritar e dizia.
- É a mãe dele, ele matou a mãe! Por isso não queria vir à excursão!
Esta certeza estava estampada em suas atitudes e a semelhança da mulher com ele era impressionante.
Num momento de desatino, Leandro Luiz joga as moças ao solo e levando a arma consigo, se atira sobre o corpo da mãe, se enroscando junto a ela em posição fetal e com um tiro, estoura a própria cabeça, deixando o mistério sem respostas, pássaros em debandada, pessoas assustadas em mais um crime sem solução...
Maldita hora em que enveredaram por aquele caminho...
Avistar o corpo nu na mata em posição fetal lhe trouxe um tremor dentro d’alma, um frio na espinha e um pavor inconfesso. Quando a polícia chegou com a perícia a história relatada por todos era a mesma, mas, ao virarem o corpo da defunta se pode perceber que era uma mulher linda de meia idade, por volta dos quarenta e cinco anos, com os seios dilacerados e inegavelmente parecida com Leandro Luiz, se não fosse a sua mãe, por certo alguma parente próxima. Naquele instante Leandro Luiz surtou e agarrando violentamente Mia e Rosa, começou a gritar como um louco.
- Eu mato as duas! Eu mato as duas!
E viram em uma de suas mãos uma arma pequena e prateada, talvez feita por encomenda.
Foi um estupor geral, ninguém se mexia, só Mia chorava copiosamente. Rosa estava como que atônita com a situação e não esboçava um suspiro que fosse. A Dra. Verdannis estava protegida por um policial e um dos guias ficou à sua frente e tentava acalmar Leandro Luiz, cujos olhos sombrios estavam vermelhos de ódio, ali ninguém entendia o que estava acontecendo.
Rosa saindo de sua pasmaceira começou a gritar e dizia.
- É a mãe dele, ele matou a mãe! Por isso não queria vir à excursão!
Esta certeza estava estampada em suas atitudes e a semelhança da mulher com ele era impressionante.
Num momento de desatino, Leandro Luiz joga as moças ao solo e levando a arma consigo, se atira sobre o corpo da mãe, se enroscando junto a ela em posição fetal e com um tiro, estoura a própria cabeça, deixando o mistério sem respostas, pássaros em debandada, pessoas assustadas em mais um crime sem solução...
* Imagem - Fonte - Google
* wallhere.com