Mergulho em Sete Além
Uma estória de ficção, ou não.
Tudo começou em um sábado de sol, quando fui passar o fim de semana na casa da minha prima.
A casa dela é linda, tem um enorme jardim, com muitas árvores frutíferas e ela construiu uma enorme piscina com azulejos azuis, sempre me senti muito bem nesse lugar e minha semana tinha sido bem estressante e decidi passar o fim de semana com ela.
Quando cheguei lá, coloquei minha sunga, preparei um drinque refrescante e fui para a beira da piscina, alguns parentes também estavam lá, alguns conversando entre si e outros aproveitando a piscina, pois o dia estava lindo.
Decidi dar um mergulho e tive uma sensação de Deja vu, mas não me importei muito com isso, pois quem nunca teve um deja vu na vida?
Quando mergulhei, fiquei alguns segundos submerso e pude ver, por baixo d´água, meus primos que brincavam com uma bola, quando voltei para a superfície, tudo estava diferente, estava sozinho na piscina, as pessoas haviam desaparecido e o tempo estava cinza. Fiquei meio desnorteado e decidi verificar o que havia acontecido, como algumas dezenas de pessoas desapareceram em um piscar de olhos? Impossível!
Ao sair da piscina, percebi que o local era o mesmo, só que parecia abandonado, resolvi entrar em casa, para ver se tinha alguém, quando cheguei na sala, haviam algumas pessoas lá, porém eu não conhecia ninguém e quando perceberam minha presença ficaram todos me olhando, essas pessoas tinham os olhos negros e os cabelos brancos e eram de cor pálida, fiquei assustado com aquela cena e perguntei:
- Poderiam me dizer onde estou?
- E quem é você? Perguntou um homem.
- Me chamo Joseph e essa casa pertence a minha família.
Quando falei isso, as pessoas que estavam sentadas se levantaram e começaram a vir para perto de mim, decidi ir para fora, para o quintal, estava com muito medo e encontrei um homem alto que se parecia muito comigo e ele me disse:
- O que você está fazendo aqui? Como chegou até aqui, Joseph?
- Como sabe meu nome? Indaguei.
O lugar era muito estranho, parecia um mundo inverso, não sei explicar direito, era tudo muito sujo, escuro, estranho.
Nesse meio tempo, as pessoas que estavam na sala conseguiram me alcançar, me agarraram e me jogaram dentro da piscina, quando voltei a superfície, tudo estava normal, meus primos continuavam brincando, o dia continuava lindo e todos estavam confraternizando.
Sai da piscina e fui de encontro a minha prima, para contar o que havia acontecido, ela estava de costas, conversando com meu tio, toquei em seu ombro e quando ela virou para mim, pude perceber que seus olhos estavam negros como daquelas pessoas que habitavam aquele estranho lugar de onde eu acabara de voltar.