Zé do Caixão
Não, guerra não!
Guerra mata;
Mata e cobre os corpos com sangue coalhado.
Não, guerra não.
Mas a dor, o caos, o sofrimento e o terror,
São leves maneiras de acelerar os batimentos do coração,
solidificar o processo evolutivo humano.
Volta Zé do Caixão, volte;
E traga consigo sua arte,
Sem medo e temor,
Traga o terror.
Volte Zé do Caixão;
O cinema implora sua volta,
Terror tão carente.
Volte numa noite de lua cheia,
Uivos de lobos,
Morcegos na jugalar,
Labaredas em fulgor.
Volte Zé do Caixão,
Com medo e arrepio,
Volte para fazer a fila da zona de conforto dar um passo à frente.
Zé do Caixão,
Caixão com o Zé dentro,
Terror sim.
Hitler e Musolini,
Guerra, não!