OUTRA COLETÂNEA - microcontos
I
Os sapatos eram lindos, solado vermelho, designer de classe, a pele alva que eles adornavam não tinha marcas. Pena que nada mais havia do corpo para se chegar ao rosto que identificaria a sua dona.
II
As alfaces brotavam com vigor e Fernanda exultava. Luiz era um bom adubo, enfim servira para alguma coisa. Viajava tanto, que os vizinhos distantes por um tempo não dariam falta dele. Depois arrumaria uma boa história. No momento suas saladas estavam garantidas.
III
A bênção da mãezinha foi primordial, os solavancos no pau-de-arara previsíveis, a merenda parca de rapadura, carne seca e água foi insuficiente, o estradão grande e empoeirado, os sonhos de grandeza pulsando loucamente dentro do peito, a chegada festiva nos parentes, a desilusão latente, o grotesco choque de realidade, o arrependimento e uma cidade enoooorme fazendo suco de um retirante.
*Imagens - Fonte - Google
*vivavida.com.br
*cpt.com.br
*dicionarioinformal.com.br
I
Os sapatos eram lindos, solado vermelho, designer de classe, a pele alva que eles adornavam não tinha marcas. Pena que nada mais havia do corpo para se chegar ao rosto que identificaria a sua dona.
II
As alfaces brotavam com vigor e Fernanda exultava. Luiz era um bom adubo, enfim servira para alguma coisa. Viajava tanto, que os vizinhos distantes por um tempo não dariam falta dele. Depois arrumaria uma boa história. No momento suas saladas estavam garantidas.
III
A bênção da mãezinha foi primordial, os solavancos no pau-de-arara previsíveis, a merenda parca de rapadura, carne seca e água foi insuficiente, o estradão grande e empoeirado, os sonhos de grandeza pulsando loucamente dentro do peito, a chegada festiva nos parentes, a desilusão latente, o grotesco choque de realidade, o arrependimento e uma cidade enoooorme fazendo suco de um retirante.
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