O cenário, coisa e tal, um açougue em um hipermercado fenomenal
Ele, atende a mais um cliente, ciente que ela vem
Ela entra no hipermercado, iria passear no hortifrute
Os bifes bem cortados, rentes e precisos, a shaila para afiar e o cliente agradar

Ela virá?

Ela passeia na espera, precisa escolher

Ele atende outro cliente, o horizonte da fila, a sua ex não aparecerá?

O corpo da moça pede bons cortes de carne pro final de semana, vou ir lá comprar, meu ex? Somente observar?


O açougueiro corta mais um file, limpa as mãos sujas de sangue no avental

Ela virá?

Felicidade aos clientes, um açougueiro tão prestativo, corta bem as peças

Faz bem o seu papel

Todavia, sofre em esperar a amada
Que outrora o abandonou

Mas a esperança não morre facil, tal qual um boi ao matadouro

Ela veio, ele observou-a de longe, sorriu, limpou o avental, observou que estava bem aplumado, precisava ganhar o seu coração com o olhar e voltar a sonhar

A fila é não é grande três pessoas, os colegas entendiam que ela seria atendida por ele

Ele olha todo esperançoso seria a volta de um grande amor?

— Boa noite, seu açougueiro, um quilo de carret bem fininho igual somente você sabe cortar
— Sorriu? Sim ela sorriu provocou, e ele gostou
— Boa noite senhorita, com certeza vou caprichar

Vai e liga a serra fita
A carne iria cortar

Repito

A carne iria cortar

Um quilo do material seria uns 15 bistecas de meio centimetro cada
Igual ela sempre gostava 
Isto era facil acertar
A cada deslize daquela máquina o açougueiro sonhava
Observava

Ela iria gostar?
Ele iria agradar?

O corte se dá rente, os companheiros olham assustado
Era muito perto dos dedos danados
Que o mais experiente
Estava a chegar

Ele? Sonhava acordado
Já estava no oitavo pedaço

Quando alguém por detrás a veio engatar

Os olhos do açougueiro ficaram fixo estáticos, um malandro
Com sua ex veio a ficar

E ela sorria a gostar

Ele seria um estranho qualquer a provocar?

O açougueiro descuidou
Da sua mão o carret escapou
E o dedo lhe veio a amputar

O desespero tomou conta do local
Era algo assustador ou fenomenal?

O pedaço mutilado rolou e caiu nas carnes que moidas seriam pelo outro companheiro

A mulher, colocou a mão na boca
Saiu do local igual uma louca
Nunca que iria imaginar
Que o assanhar algo tão medonho iria provocar

O gerente, competente que só Chegou
um pano branco no vidro colocou
E o açougueiro com ambulância retirou
O açougue, com cloro lavou

E falou:
— Vamos, vamos a meta alcançar
O Buguinho, melhor vai ficar

O açougueiro?

Só, na estatística entrou
Nove dedos nas mãos ficou
E a sua ex, novamente ganhou
De judiação, do que acontecimento ela o fitou
E o amor, daquele casal continuou.

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Waldryano
Enviado por Waldryano em 08/08/2019
Reeditado em 12/08/2019
Código do texto: T6715753
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