Em uma profunda caverna, no inverno mais frio que aquela família já presenciara, nos braços de uma mãe desesperada e ensanguentada, com o cadáver de um pai e o observando sem arrependimentos, nascia o último filho de uma família dizimada.
Seus olhos estavam cobertos por um tecido fino, sua pele era branca como a neve. Ele chorava por sua mãe, que tivera que matar o marido. Dentro da caverna não era mais seguro e sua mãe tinha que fugir de sua antiga vida.
O máximo de calor que havia era um pequena fogueira, feita com as roupas do pai que agora queima no inferno, sem direito de ver seu filho.
A mãe passava fome, estava paralisada com o que teve que fazer, mas ela sobreviveu, pois fez o que achou melhor. Ela olhou para seu filho e retirou-lhe o pano do rosto... Seus olhos eram de cor violeta como os da mãe. Ela se sentiu melhor e andou para sua nova vida, viúva, mas fora da caverna.