SINISTRO - O monstro que saiu do livro
Páginas seladas? Qual o motivo daquilo? Sala reservada na biblioteca, aberta apenas por um dos bibliotecários, guardião da coletânea ali existente. Porta dupla com tranca com segredo. Livros raros ou proibidos talvez? Tantas perguntas ainda sem resposta, mas, por que motivo, um simples livro sobre monstros de lendas, teria vinte páginas com as bordas seladas, impedindo a leitura de seu conteúdo? Isso só aguçava mais a minha curiosidade.
Outra coisa muito estranha, era existir no recinto, grossos chicotes pendurados, um tacape de confecção recente, como era possível se observar, pelo material com que fora feito. Não havia indicações ou etiquetas que demostrassem que tais objetos, fizessem parte do acervo daquela biblioteca, antiga e suntuosa, no mínimo era uma coisa inusitada.
Ui!...se um monstro saísse daquelas páginas, os visitantes e funcionários, pelo menos teriam armas para se defender rsss...as questões não respondidas, já estavam me fazendo criar contos fantásticos em minha imaginação.
Resolvi procurar o Sr. Galeano, detentor do 'poder da chave', hora de obter respostas.
Ele era um idoso baixinho de pouco humor e palavras menos ainda, relutou bastante até me dar uma única informação, a de que só poderia permanecer naquela sala por vinte minutos e J A M A I S! Poderia abrir o livro grande vermelho e dourado velho
- Volto no tempo marcado...
Falou isso e saiu fechando a porta...por fora...esquisito...
Claro que a curiosidade mexe com a gente e fui direto procurar 'o livro proibido', logo que encontrei me surpreendi, um livro antigo de uns quarenta centímetros de altura, por vinte de largura e quinze de espessura, realmente vermelho e dourado velho e sem título. Como só teria pouco tempo ali, decidi focar na pesquisa para a minha tese, sobre monstros mitológios dos quatro cantos do mundo. Fiz algumas anotações, quando restavam cinco minutos para o Sr. Galeano retornar, abri 'o livro proibido'........calei o grito na garganta.
Por pura magia, um monstro enorme, horrendo, disforme, meio bicho, meio gente, saltou do maldito livro, avançou em minha direção, num clique de razão lembrei das armas, corri peguei o tacape e me coloquei em posição de defesa, o monstro se lançou sobre mim, nem me dando tempo de reação, senti meu ventre sendo rasgado e uma manopla levando minhas tripas ensanguentadas para uma boca descomunal, os olhos bovinos pareciam regojizar, a vida ia se esvaindo de mim, mas, ainda consegui ver aquela boca aberta se aproximando da minha cabeça, então, a escuridão silenciosa chegou como salvação da alma.
Senti um sacolejo no braço, um Galeano de maus bofes me sacudindo, dizendo
- Levante, levante!!!
Querendo também, que eu soltasse o tacape, ferozmente me expulsando do recinto,. Eu gritei, contei aos borbotões sobre o livro, o monstro, procurei meu sangue, apertei a barriga, como que buscando minhas entranhas.
O Sr. Galeano, perdeu a paciência, meus gritos estavam perturbando os outros frequentadores da Biblioteca, fui arrastado para fora por dois seguranças, tachado de louco e depois de lamber a beirada do primeiro degrau da escadaria do lado de fora, tive a nítida impressão de ver um sorrisinho cínico nos lábios do velho Galeano...
** Imagem - Fonte - Google
Páginas seladas? Qual o motivo daquilo? Sala reservada na biblioteca, aberta apenas por um dos bibliotecários, guardião da coletânea ali existente. Porta dupla com tranca com segredo. Livros raros ou proibidos talvez? Tantas perguntas ainda sem resposta, mas, por que motivo, um simples livro sobre monstros de lendas, teria vinte páginas com as bordas seladas, impedindo a leitura de seu conteúdo? Isso só aguçava mais a minha curiosidade.
Outra coisa muito estranha, era existir no recinto, grossos chicotes pendurados, um tacape de confecção recente, como era possível se observar, pelo material com que fora feito. Não havia indicações ou etiquetas que demostrassem que tais objetos, fizessem parte do acervo daquela biblioteca, antiga e suntuosa, no mínimo era uma coisa inusitada.
Ui!...se um monstro saísse daquelas páginas, os visitantes e funcionários, pelo menos teriam armas para se defender rsss...as questões não respondidas, já estavam me fazendo criar contos fantásticos em minha imaginação.
Resolvi procurar o Sr. Galeano, detentor do 'poder da chave', hora de obter respostas.
Ele era um idoso baixinho de pouco humor e palavras menos ainda, relutou bastante até me dar uma única informação, a de que só poderia permanecer naquela sala por vinte minutos e J A M A I S! Poderia abrir o livro grande vermelho e dourado velho
- Volto no tempo marcado...
Falou isso e saiu fechando a porta...por fora...esquisito...
Claro que a curiosidade mexe com a gente e fui direto procurar 'o livro proibido', logo que encontrei me surpreendi, um livro antigo de uns quarenta centímetros de altura, por vinte de largura e quinze de espessura, realmente vermelho e dourado velho e sem título. Como só teria pouco tempo ali, decidi focar na pesquisa para a minha tese, sobre monstros mitológios dos quatro cantos do mundo. Fiz algumas anotações, quando restavam cinco minutos para o Sr. Galeano retornar, abri 'o livro proibido'........calei o grito na garganta.
Por pura magia, um monstro enorme, horrendo, disforme, meio bicho, meio gente, saltou do maldito livro, avançou em minha direção, num clique de razão lembrei das armas, corri peguei o tacape e me coloquei em posição de defesa, o monstro se lançou sobre mim, nem me dando tempo de reação, senti meu ventre sendo rasgado e uma manopla levando minhas tripas ensanguentadas para uma boca descomunal, os olhos bovinos pareciam regojizar, a vida ia se esvaindo de mim, mas, ainda consegui ver aquela boca aberta se aproximando da minha cabeça, então, a escuridão silenciosa chegou como salvação da alma.
Senti um sacolejo no braço, um Galeano de maus bofes me sacudindo, dizendo
- Levante, levante!!!
Querendo também, que eu soltasse o tacape, ferozmente me expulsando do recinto,. Eu gritei, contei aos borbotões sobre o livro, o monstro, procurei meu sangue, apertei a barriga, como que buscando minhas entranhas.
O Sr. Galeano, perdeu a paciência, meus gritos estavam perturbando os outros frequentadores da Biblioteca, fui arrastado para fora por dois seguranças, tachado de louco e depois de lamber a beirada do primeiro degrau da escadaria do lado de fora, tive a nítida impressão de ver um sorrisinho cínico nos lábios do velho Galeano...
** Imagem - Fonte - Google