Golpe Fatal

[1] Não sei o que estava acontecendo comigo naquele dia. Tive a impressão de que estavam me seguindo. Nunca acreditei em assombrações, na verdade era incrédulo em tudo. [2] Sempre fui um cético, mas por algum motivo acredito que estou sendo seguido.Constantemente olho para trás na esperança de ver alguma coisa mas nada vejo. Uma sensação de que algo esquisito e inominável está cada vez mais perto de mim percorre meu corpo. Olho para os lados em busca de algo e nada. O que está acontecendo comigo? [3] Certamente algum fantasma me persegue. Sei que fantasmas não existem mas tenho a nítida sensação de que estou sendo vigiado. Será o falecido João que suicidou-se porque descobriu que beijei sua namorada? [4] Olho ao meu redor e percebo o negrume no final da rua, a lua sorri timidamente,mas não o suficiente para revelar o que está a espreita. Sinto o sopro do vento sussurrar em meus ouvidos...Corra! [5] A noite corta o céu, cheia desse perigo e eu tremo só de pensar que alguma alma de outro mundo está perto, feito um vampiro... Vou numa "ledeira" de sorte saber o que se passa comigo! [6] Mesmo com todo os sinais do meu corpo pedindo para que eu fugisse dali, mesmo com o vento soprando em meus ouvidos uma súplica para que me virasse e voltasse por onde vinha, inconscientemente me dirigi ao local que pulsava minha curiosidade. Como naqueles filmes de terror em que sabemos o que vai acontecer mas o protagonista sempre vai de encontro à morte. [7] Uma névoa densa envolve este cenário de mistério. Ouço um rosnado e tremo dos pés a cabeça. A minha frente vejo por entre a névoa uma mão com garras enormes me chamando com o dedo. Uma voz me diz para ir embora. Um par de olhos brilha em vermelho. Começo a correr na direção contrária e caio. Me volto e vejo surgir da névoa uma mulher. [8] Nos rubros olhos não vejo vida, só fogo num rosto lívido e assustador, era a namorada de João, como poderia ser ela, a vi hoje mesmo na loja de flores de seu pai. O terror me consome e um frio me toma por inteiro. [9] Minhas mãos congeladas, o coração disparado e aquele ser estático em minha frente, pensei que estava sonhando, desejei não estar ali novamente, mais fui tomado mais uma vez pela emoção e curiosidade que pulsava em minha mente. Sedutora a mulher se aproximava, seus cabelos longos, pele pálida, seios grandes, sua boca vermelha pedindo para ir ao seu encontro. Eu Já estava ali e não havia para onde fugir, apenas seguir. Frente à frente estávamos, não tinha mais o que fazer, ela estava possuída,pensei! Esse ser irá me degolar vivo ou me sequestraria mata a dentro. Encontrei forças para levantar, sacudiu a poeira como se não estivesse amedrontado, olhei fixamente em seus olhos, ela se aproximou, senti seu respirar, colou seu corpo ao meu, quase a nos beijar; senti sua pele fria e seus seios quase que saltitantes de seu vestido, seu cheiro era doce como as flores que vi pela manhã , senti seu rosto próximo ao meu pescoço, fechei meus olhos e imaginei sua mordida,o medo já não quase existia,pensei me dei bem, pude sentir meu sangue pulsar de tesão . Sua mordida demorou, mais ainda a sentia, novamente indaguei dentro de mim, poderia também ser o meu fim, será que ela me culparia pela morte de João? Ou será que queira meus amassos iguais aos que dei um dia no portão? Fiquei com os olhos ainda fechados e bem apertados,minhas mãos suavam mais que tudo. Passou se mais um tempo, na demora de seu golpe mortal, abri meus olhos e não a vi mais.Corri desesperado para tentar encontra-la mas as folhas secas no chão não me disseram pra onde ela foi. Será que foi tudo fruto da minha imaginação? Ao me virar para retornar ao caminho, ela me esperava, já não era mais aquela jovem que vi pela manhã, e sim um ser possuído e transformado que saia da escuridão. Havia um fecho de uma pequena luz que a lua cheia fazia percebi que seus pés não tocavam ao chão, perguntei por que ela sumia e o que de mim ela queria, ela se aproximava e com uma fisionomia macraba, fui ficando mais assustado, e percebi que era real, que aquele ser não queria meus amassos e sim minha alma, estava me preparando para correr, enquanto ela me dizia do seu plano e como o faria,assustado voltei a ficar ao ouvi-la, pois ela não parava de se aproximar, pouco a pouco eu caminhava para traz até tropeçar em um galho, até ela me alcançar. Enfim percebi que eu era a vitima perfeita , destemido outrora,sagaz as vezes, mas sabia que uma hora eu seria pego pelos meus instintos a trás de um rabo de saia. Não poderia prever o futuro mais sabia que minha hora iria chegar, um dia todos pagam seus maus feitos, obvio que eu não queria morrer, mais eu não tinha para onde correr, mesmo assim supliquei por desespero, eu estava acuado, desprotegido de minhas espertezas, como um golpe duplo ela arrancou minhas vestes, parecia surda diante das minhas suplicas e lagrimas, eu estava como um verme, minha pele se eriçava, suas garras penetravam minha pele,fui esmagado. Vi meu sangue escorrer em suas mãos, um filme passou em minha mente e pedi novamente: Tenhas piedade de mim mulher. Hoje caminho entre as sombras, no vazio, pela mata, a espera de uma vitima assim como um dia eu fui,procuro alguém sagas e destemido, e o melhor que subestimem mulheres.

[...]

[1] Junior Campos

[2] Jota Alves

[3] Alberto Valença Lima

[4] Renan Insano

[5] Ene Ribeiro

[6] Gabriela Lora

[7] Black Phoenix

[8] Cristina Gaspar

[9] Ludmila Gloria

Ludmila Gloria, Junior Campos, Jota Alves, Alberto Valença Lima, Renan Insano, Ene Ribeiro, Gabriela Lora e Black Phoenix E Cristina Gaspar.
Enviado por Ludmila Gloria em 05/10/2018
Reeditado em 12/02/2019
Código do texto: T6468587
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