SORRISOS ENIGMÁTICOS (miniconto)
Outonais galhos secos, Lua entre nuvens, céu acizentando penumbra, silêncios de pios e acordar de morcegos. As águas do lago escurecidas de sono, brilham lentas e nas sombras atrás de pedras, um quase grito estancou.
Nos primeiros sonolentos raios de Sol, o corpo de uma jovem bate compassadamente contra a margem arredondada, preso ao seu corpo apenas uma blusinha diáfana amarela e mais nada. Marcas arrocheadas manchavam sua pele clara. Ao redor peixes curiosos e o silêncio do lago.
Numa taverna na poeirenta estrada, um homem pequeno, forte e moreno, tinha espuma de cerveja quente, escorrendo pela barba sebenta. Seus olhos tinham um ar belicoso e o sorriso enigmático escondia segredos.
Que delícia de criança, tão inocente, achou que aquela carona providencial seria de graça...tolinha...eu devia agradecer ao seu cavalo e ele a mim. Ele quebrou a pata, me deu uma noite deliciosa e eu acabei com o seu sofrimento, contas pagas...
Como muita cerveja destrava línguas e essas acabam falando demais, algumas poucas semanas depois, um rosto da barba suja sublinhando órbitas de olhos arrancados destacado dos ombros, jazia num trecho da estrada poeirenta.
No cemitério nos arredores, ao pé de uma campa caiada, um lindo e jovial buquê de flores do campo é depositado. Só que desta vez sem lágrimas, no lugar delas, no respeitável rosto de meia idade, com um sorriso em linha, selava o júbilo do momento.
Outonais galhos secos, Lua entre nuvens, céu acizentando penumbra, silêncios de pios e acordar de morcegos. As águas do lago escurecidas de sono, brilham lentas e nas sombras atrás de pedras, um quase grito estancou.
Nos primeiros sonolentos raios de Sol, o corpo de uma jovem bate compassadamente contra a margem arredondada, preso ao seu corpo apenas uma blusinha diáfana amarela e mais nada. Marcas arrocheadas manchavam sua pele clara. Ao redor peixes curiosos e o silêncio do lago.
Numa taverna na poeirenta estrada, um homem pequeno, forte e moreno, tinha espuma de cerveja quente, escorrendo pela barba sebenta. Seus olhos tinham um ar belicoso e o sorriso enigmático escondia segredos.
Que delícia de criança, tão inocente, achou que aquela carona providencial seria de graça...tolinha...eu devia agradecer ao seu cavalo e ele a mim. Ele quebrou a pata, me deu uma noite deliciosa e eu acabei com o seu sofrimento, contas pagas...
Como muita cerveja destrava línguas e essas acabam falando demais, algumas poucas semanas depois, um rosto da barba suja sublinhando órbitas de olhos arrancados destacado dos ombros, jazia num trecho da estrada poeirenta.
No cemitério nos arredores, ao pé de uma campa caiada, um lindo e jovial buquê de flores do campo é depositado. Só que desta vez sem lágrimas, no lugar delas, no respeitável rosto de meia idade, com um sorriso em linha, selava o júbilo do momento.