AFOGAMENTO

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Jaz ali naquela campa alagada, uma pessoa pura e líquida, que vivia solitária num casebre simples a margem do rio. Em sua rede florida, agora, apenas gotículas de sangue repousavam. Morreu afogada, com água penetrando seus pulmões, depois de copiosamente chorar, lagos e oceanos de lágrimas. Libélulas, beija-flores e mariposas, velaram seus últimos suspiros, minúsculas borbulhas compassadas, como se reticências fossem do mistério de sua vida.
Cristina Gaspar
Enviado por Cristina Gaspar em 27/08/2018
Código do texto: T6431947
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