AMALDIÇOADO LUGAR
HÁ UM FAMOSO ADÁGIO POPULAR QUE DIZ QUE SE CONSELHOS FOSSEM BONS, VENDIAM-SE. NÃO SERIAM DADOS.
ISSO, SEM DÚVIDA, APLICA-SE , EM ESPECIAL AOS JOVENS, QUE, EM SUA ÂNSIA DE MULTIPLICAR INSTANTES COM SOFREGUIDÃO DE VIVER A VIDA, CREEM QUE OS MAIS VELHOS, QUANDO FALAM, É PARA TOLHER SUAS AVENTURAS.
NÃO É. QUASE SEMPRE É A VOZ A EXPERÊNCIA. VENHA DE ONDE VIER.
ASSIM ERA NAQUELA ALDEIA LOCALIZADA AO NORTE DE PEQUENO PAÍS. ERA TUDO BONITO. SOSSEGADO. UM CONVITE A DESBRAVAR LUGARES POR MUITOS AINDA DESCONHECIDOS.
NO ENTANTO, O LUGAR DE QUE VOU FALAR ERA MUITO COMENTADO. FICAVA EM MEIO AO CASARIO DE PEDRA, PERTO DA MATA. ERA UMA CURVA NA ESTRADA, LADEADA DE GRANDES ÁRVORES QUE, AO PÔR-DO-SOL ERA LINDA. CONTUDO, NO MOMENTO EM QUE AQUELE RAPAZ CHEGOU ÀQUELA ALDEIA DE POIS DE TERMINAR SEUS ESTUDOS DE GRADUAÇÃO, TODOS OS AVISARAM: “NUNCA PASSE POR AQUELE LUGAR À MEIA NOITE OU DEPOIS DELA.”
ELE, MEIO IRÔNICO, AUDACIOSOA COMO A JUVENTUDE, E, ASSIM, SORRIA E PERGUNTAVA: QUAL A RAZÃO? PARECE ATÉ QUE TEM ALGUM DEMÕNIO NO LUGAR E QUE VAI ME PEGAR. E CONTINUAVA A SORRIR.
AS PESSOAS CALAVAM-SE, DEPOIS DE SE ENTREOLHAREM. ELAS SABIAM DO QUE ESTAVAM FALANDO.
UMA NOITE LINDA, NA QUAL A LUZ PARECE QUE BEIJA A TERRA, ACARICIANDO-A COM A SUA LUZ DE PRATA, AQUELE JOVEM COM POUCO DE MAIS VINTE ANOS A NINGUÉM OUVIU. JÁ PASSAVA DE ONZE HORAS QUANDO DISSE QUE IRIA À RESIDÊNCIA DE UMA AMIGO, PERTO DALI.
TODOS DISSERAM: “POR FAVOR, DÊ A VOLTA . NÃO PASSE POR AQUELE LUGAR. ALGUÉM DISSE: VOCÊ NUNCA GOSTARIA DE VER O QUE, ALI, ACONTECE. NADA ADIANTOU. VESTIU-SE E SAIU.
AS HORAS PASSARAM. MEIA NOITE. UM GRITO ATERRADOR FEZ COM QUE MUITOS ABRISSEM SUAS JANELAS. MAS LUGAR NÃO ERA VISTO DE ONDE ESTAVAM. O SILÊNCIO SEPULCRAL VOLTOU. A FAMÍLIA DO JOVEM ESPEROU... ESPEROU. AO NASCER DO SOL, JÁ COM O CORAÇÃO SEM CONTROLE, RESOLVERAM IR PROCURAR O AMIGO AO QUAL IRIA O JOVEM VISITAR. MAS, NÃO PASSARAM PELO LOCAL. CONTORNARAM-NO.
CREIO QUE NÃO FOI DITO QUE ESSE LOCAL FICAVA POUCO DISTANTE DO CEMITÉRIO. ELE, SEQUER, TINHA IDO FALAR COM O AMIGO A QUE SE REFERIU. PROCURARAM... PROCURARAM... ATÉ QUE EM GRUPO, RESOLVEU, COM CORAGEM QUE NÃO TINHAM, PASSAR PELO LOCAL. NADA. SÓ ENCONTRAM O RELÓGIO DE BOLSO QUE ELE USAVA ( JÁ FOI DITO QUE A ÉPOCA ERA ANTIGA).
O SOL DESPERTOU E TODOS, APAVORADOS, REUNIDOS NO ADRO DA IGREJA, COMBINAVAM O QUE FAZER PARA PROCURAR O JOVEM. REPENTINAMENTE, UMA SENHORA, QUE, DIARAMENTE, IA AO CEMITÉRIO COLOCAR FLORES NA CAMPA DO MARIDO, APROXIMOU-SE AOS GRITOS: “ELE ESTÁ DORMINDO, COM AS MÃOS SOBRE O ROSTO EM CIMA DE UM TÚMULO. É O LUGAR ONDE FOI ENTERRADO AQUELE HOMEM QUE ACABOU COM A FAMÍLIA, ATE OS PEQUENINOS.”
TODOS CORRERÃO PARA LÁ... MAS, AO TENTAR AFASTAR-LHE AS MÃOS QUE PUSERA SOBRE O ROSTO, JÁ RÍGIDAS, VIRAM, ESPANTADOS, QUE ELE NÃO TINHA MAIS ROSTO, TAMPOUCO OS OLHOS. ALGUMA COISA INDESCRITÍVEL O DEFORMARA - ANTES OU DEPOIS DE O MATAR.
ELE, DE FATO, PARECIA DORMIR. FORA COLOCADO, ALI, PARA SEMPRE, COMO QUE DEITADO.
UM RECADO, ENTRETANTO, HAVIA, ESTAVA ESCRITO, COM SANGUE NO PEITO DA CAMISA BRANCA QUE USAVA: “NUNCA RIA DO QUE NÃO SABE OU NÃO CONHECE”. " SE EU JÁ NÃO TENHO PAZ, PELO QUE FIZ, NÃO ME ATORMENTE MAIS, RINDO."
AQUELE TRECHO FOI FECHADO. POR MUITOS ANOS, NINGUÉM MAIS POR LÁ PASSOU. PELO MENOS É ISSO QUE SE SABE.
HÁ UM FAMOSO ADÁGIO POPULAR QUE DIZ QUE SE CONSELHOS FOSSEM BONS, VENDIAM-SE. NÃO SERIAM DADOS.
ISSO, SEM DÚVIDA, APLICA-SE , EM ESPECIAL AOS JOVENS, QUE, EM SUA ÂNSIA DE MULTIPLICAR INSTANTES COM SOFREGUIDÃO DE VIVER A VIDA, CREEM QUE OS MAIS VELHOS, QUANDO FALAM, É PARA TOLHER SUAS AVENTURAS.
NÃO É. QUASE SEMPRE É A VOZ A EXPERÊNCIA. VENHA DE ONDE VIER.
ASSIM ERA NAQUELA ALDEIA LOCALIZADA AO NORTE DE PEQUENO PAÍS. ERA TUDO BONITO. SOSSEGADO. UM CONVITE A DESBRAVAR LUGARES POR MUITOS AINDA DESCONHECIDOS.
NO ENTANTO, O LUGAR DE QUE VOU FALAR ERA MUITO COMENTADO. FICAVA EM MEIO AO CASARIO DE PEDRA, PERTO DA MATA. ERA UMA CURVA NA ESTRADA, LADEADA DE GRANDES ÁRVORES QUE, AO PÔR-DO-SOL ERA LINDA. CONTUDO, NO MOMENTO EM QUE AQUELE RAPAZ CHEGOU ÀQUELA ALDEIA DE POIS DE TERMINAR SEUS ESTUDOS DE GRADUAÇÃO, TODOS OS AVISARAM: “NUNCA PASSE POR AQUELE LUGAR À MEIA NOITE OU DEPOIS DELA.”
ELE, MEIO IRÔNICO, AUDACIOSOA COMO A JUVENTUDE, E, ASSIM, SORRIA E PERGUNTAVA: QUAL A RAZÃO? PARECE ATÉ QUE TEM ALGUM DEMÕNIO NO LUGAR E QUE VAI ME PEGAR. E CONTINUAVA A SORRIR.
AS PESSOAS CALAVAM-SE, DEPOIS DE SE ENTREOLHAREM. ELAS SABIAM DO QUE ESTAVAM FALANDO.
UMA NOITE LINDA, NA QUAL A LUZ PARECE QUE BEIJA A TERRA, ACARICIANDO-A COM A SUA LUZ DE PRATA, AQUELE JOVEM COM POUCO DE MAIS VINTE ANOS A NINGUÉM OUVIU. JÁ PASSAVA DE ONZE HORAS QUANDO DISSE QUE IRIA À RESIDÊNCIA DE UMA AMIGO, PERTO DALI.
TODOS DISSERAM: “POR FAVOR, DÊ A VOLTA . NÃO PASSE POR AQUELE LUGAR. ALGUÉM DISSE: VOCÊ NUNCA GOSTARIA DE VER O QUE, ALI, ACONTECE. NADA ADIANTOU. VESTIU-SE E SAIU.
AS HORAS PASSARAM. MEIA NOITE. UM GRITO ATERRADOR FEZ COM QUE MUITOS ABRISSEM SUAS JANELAS. MAS LUGAR NÃO ERA VISTO DE ONDE ESTAVAM. O SILÊNCIO SEPULCRAL VOLTOU. A FAMÍLIA DO JOVEM ESPEROU... ESPEROU. AO NASCER DO SOL, JÁ COM O CORAÇÃO SEM CONTROLE, RESOLVERAM IR PROCURAR O AMIGO AO QUAL IRIA O JOVEM VISITAR. MAS, NÃO PASSARAM PELO LOCAL. CONTORNARAM-NO.
CREIO QUE NÃO FOI DITO QUE ESSE LOCAL FICAVA POUCO DISTANTE DO CEMITÉRIO. ELE, SEQUER, TINHA IDO FALAR COM O AMIGO A QUE SE REFERIU. PROCURARAM... PROCURARAM... ATÉ QUE EM GRUPO, RESOLVEU, COM CORAGEM QUE NÃO TINHAM, PASSAR PELO LOCAL. NADA. SÓ ENCONTRAM O RELÓGIO DE BOLSO QUE ELE USAVA ( JÁ FOI DITO QUE A ÉPOCA ERA ANTIGA).
O SOL DESPERTOU E TODOS, APAVORADOS, REUNIDOS NO ADRO DA IGREJA, COMBINAVAM O QUE FAZER PARA PROCURAR O JOVEM. REPENTINAMENTE, UMA SENHORA, QUE, DIARAMENTE, IA AO CEMITÉRIO COLOCAR FLORES NA CAMPA DO MARIDO, APROXIMOU-SE AOS GRITOS: “ELE ESTÁ DORMINDO, COM AS MÃOS SOBRE O ROSTO EM CIMA DE UM TÚMULO. É O LUGAR ONDE FOI ENTERRADO AQUELE HOMEM QUE ACABOU COM A FAMÍLIA, ATE OS PEQUENINOS.”
TODOS CORRERÃO PARA LÁ... MAS, AO TENTAR AFASTAR-LHE AS MÃOS QUE PUSERA SOBRE O ROSTO, JÁ RÍGIDAS, VIRAM, ESPANTADOS, QUE ELE NÃO TINHA MAIS ROSTO, TAMPOUCO OS OLHOS. ALGUMA COISA INDESCRITÍVEL O DEFORMARA - ANTES OU DEPOIS DE O MATAR.
ELE, DE FATO, PARECIA DORMIR. FORA COLOCADO, ALI, PARA SEMPRE, COMO QUE DEITADO.
UM RECADO, ENTRETANTO, HAVIA, ESTAVA ESCRITO, COM SANGUE NO PEITO DA CAMISA BRANCA QUE USAVA: “NUNCA RIA DO QUE NÃO SABE OU NÃO CONHECE”. " SE EU JÁ NÃO TENHO PAZ, PELO QUE FIZ, NÃO ME ATORMENTE MAIS, RINDO."
AQUELE TRECHO FOI FECHADO. POR MUITOS ANOS, NINGUÉM MAIS POR LÁ PASSOU. PELO MENOS É ISSO QUE SE SABE.