MEA CULPA - micro conto
Arrastando meus pés pelo cadafalso, só enxergo a escuridão do saco preto sobre minha cabeça. Ouço os gritos de Morte! Morte! E nem mesmo sei o motivo desta condenação. Os infantes que afoguei não eram desejados por ninguém, agora me chamam de Monstro! Assassino! Apenas os tornei anjos, o que julguei ser, um destino melhor para aqueles rejeitados. Se sou vil a tal ponto de merecer este castigo, me rendo à hipocrisia e entrego ao carrasco meus últimos instantes, serei recebido pelos rejeitados como um igual, coisa que aqui eu nunca cheguei a ser.
Arrastando meus pés pelo cadafalso, só enxergo a escuridão do saco preto sobre minha cabeça. Ouço os gritos de Morte! Morte! E nem mesmo sei o motivo desta condenação. Os infantes que afoguei não eram desejados por ninguém, agora me chamam de Monstro! Assassino! Apenas os tornei anjos, o que julguei ser, um destino melhor para aqueles rejeitados. Se sou vil a tal ponto de merecer este castigo, me rendo à hipocrisia e entrego ao carrasco meus últimos instantes, serei recebido pelos rejeitados como um igual, coisa que aqui eu nunca cheguei a ser.