A GAROTA DO TÚNEL (terror/surreal)
:
'---se ela desse um único passo para fora daquele túnel abandonado, todos os males de Humanidade, se proliferariam e nada que fosse vivo resistiria, como entrara naquela furada era uma pergunta sem resposta, ainda...'
Cecile era uma garota muito popular, alegre e bricalhona, seu único defeito era a curiosidade desmedida, não pensava nunca, no perigo ou nas consequências, enquanto não descobria o que queria, não parava de procurar. No centro da cidade onde morava, existia um pequeno túnel abandonado há mais de vinte anos, uma obra que custou muito à comunidade e não tinha qualquer serventia, era apenas uma construção inútil sob uma ponte, o estranho era nunca ter sido habitada por moradores de rua, nunca soubera de casais namorando por lá, nem pessoas passando por ele, Cecile decidiu que descobriria o porquê disso, chamou alguns colegas da faculdade, mas, ninguém se interessou em acompanhá-la, não viam nenhum sentido naquilo, então, ela foi sózinha depois da faculdade no início da noite.
Cecile entrou no túnel, cheirava à coisa velha, mas, inacreditavemente era imaculadamente limpo e mesmo sob uma ponte no meio da cidade, dentro dele não se ouvia um único som, era como se tivesse atravessado um portal para lugar nenhum, esquisita sensação. De repente começou a ouvir vozes, olhou de um lado para o outro, mas, não havia mais ninguém no túnel, só ela. Pensou que era a sua imaginação, só que as vozes aumentaram de tom.
- Gripe espanhola, Ebola, Raiva, Peste, Doença de Chagas, Difteria, Sarampo, Dengue Hemorrágica, Gripe Aviária, Aids, Tuberculose...
Cecile não estava entendendo nada, parecia que seus ouvidos estavam lhe pregando uma peça, estava ouvindo nomes de doenças, coisa doida, logo ela que fugia das aulas de Biologia, mas, sabia de todas as milhares de mortes que aquelas doenças provocaram,. O som das vozes ampliava e já estava ficando insuportável ficar ali. Se dirigiu para uma das saídas e quando tentou atravessar, percebeu, que por mais que caminhasse não saia do túnel, já ficava assustada e o tom do som aumentava, aumentava, mais doenças entravam na lista, dizendo que tudo vivo pereceria se ela saísse, não crendo em seus ouvidos, Cecile correu para a outra saída, mas, a situação era a mesma.
Enlouquecida, começou a correr de um lado para o outro, tapando os ouvidos gritando, pedindo socorro, ninguém aparecia, gritou e correu desvairada nem lembrava mais por quanto tempo, caiu sentada completamente esgotada, apagou por instantes, acordou do surto e as vozes persistiam, Cecile não sentia dor, nem fome, nem sede tampouco vontade de ir ao banheiro, o tempo passava ela corria, gritava, corria e gritava, as vozes permaneciam no túnel, talando alto os nomes de terríveis doenças e gritavam que se ela conseguisse sair, tudo que era vivo pereceria no mesmo dia, vitimado por todas aquelas terríveis doenças. Cecile era puro pavor, era desespero, o medo lhe causava culpa e as vozes insistentes cada vez mais altas enlouqueciam Cecile que corre de uma entrada à outra aos gritos sem conseguir sair, dias, meses...sua pele não enrugou, não comeu, nem bebeu, nem fez suas necessidades fisiológicas, dentro do túnel o tempo não passa, as vozes a deixaram como que em estado de insônia eterna.
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'---se ela desse um único passo para fora daquele túnel abandonado, todos os males de Humanidade, se proliferariam e nada que fosse vivo resistiria, como entrara naquela furada era uma pergunta sem resposta, ainda...'
Cecile era uma garota muito popular, alegre e bricalhona, seu único defeito era a curiosidade desmedida, não pensava nunca, no perigo ou nas consequências, enquanto não descobria o que queria, não parava de procurar. No centro da cidade onde morava, existia um pequeno túnel abandonado há mais de vinte anos, uma obra que custou muito à comunidade e não tinha qualquer serventia, era apenas uma construção inútil sob uma ponte, o estranho era nunca ter sido habitada por moradores de rua, nunca soubera de casais namorando por lá, nem pessoas passando por ele, Cecile decidiu que descobriria o porquê disso, chamou alguns colegas da faculdade, mas, ninguém se interessou em acompanhá-la, não viam nenhum sentido naquilo, então, ela foi sózinha depois da faculdade no início da noite.
Cecile entrou no túnel, cheirava à coisa velha, mas, inacreditavemente era imaculadamente limpo e mesmo sob uma ponte no meio da cidade, dentro dele não se ouvia um único som, era como se tivesse atravessado um portal para lugar nenhum, esquisita sensação. De repente começou a ouvir vozes, olhou de um lado para o outro, mas, não havia mais ninguém no túnel, só ela. Pensou que era a sua imaginação, só que as vozes aumentaram de tom.
- Gripe espanhola, Ebola, Raiva, Peste, Doença de Chagas, Difteria, Sarampo, Dengue Hemorrágica, Gripe Aviária, Aids, Tuberculose...
Cecile não estava entendendo nada, parecia que seus ouvidos estavam lhe pregando uma peça, estava ouvindo nomes de doenças, coisa doida, logo ela que fugia das aulas de Biologia, mas, sabia de todas as milhares de mortes que aquelas doenças provocaram,. O som das vozes ampliava e já estava ficando insuportável ficar ali. Se dirigiu para uma das saídas e quando tentou atravessar, percebeu, que por mais que caminhasse não saia do túnel, já ficava assustada e o tom do som aumentava, aumentava, mais doenças entravam na lista, dizendo que tudo vivo pereceria se ela saísse, não crendo em seus ouvidos, Cecile correu para a outra saída, mas, a situação era a mesma.
Enlouquecida, começou a correr de um lado para o outro, tapando os ouvidos gritando, pedindo socorro, ninguém aparecia, gritou e correu desvairada nem lembrava mais por quanto tempo, caiu sentada completamente esgotada, apagou por instantes, acordou do surto e as vozes persistiam, Cecile não sentia dor, nem fome, nem sede tampouco vontade de ir ao banheiro, o tempo passava ela corria, gritava, corria e gritava, as vozes permaneciam no túnel, talando alto os nomes de terríveis doenças e gritavam que se ela conseguisse sair, tudo que era vivo pereceria no mesmo dia, vitimado por todas aquelas terríveis doenças. Cecile era puro pavor, era desespero, o medo lhe causava culpa e as vozes insistentes cada vez mais altas enlouqueciam Cecile que corre de uma entrada à outra aos gritos sem conseguir sair, dias, meses...sua pele não enrugou, não comeu, nem bebeu, nem fez suas necessidades fisiológicas, dentro do túnel o tempo não passa, as vozes a deixaram como que em estado de insônia eterna.
'...quem entrara naquele túnel, nunca saíra e como eu, desapareceram depois de alguns anos e estão condenadas a vagar pelo portal sem sons, mas, vendo cada nova vítima da curiosidade enlouquecer...'