A ILHA DOS SETE ANOS (miniconto - terror/mistério)
Em meio à selva fechada, um rio. Pária dos seus semelhantes, ladeadas margens de vegetação exuberante, aura mórbida sem pássaros cantantes, sem animais à vista, sem bichos rastejantes, só vidas verdes na natureza do lugar, fato que atraia inocentes visitantes. Havia ali um quê de sinistro, de inusitado, de curioso, surreal, ainda não havia explicação plausível. Uma vez a cada sete anos, surge no centro do curso caudaloso do rio uma pequena ilha, de mata fechada e incrivelmente florida, das margens do rio pode se sentir o perfume de suas floradas, papagaios coloridos e falantes habitam as copas altas de suas árvores, não voam para outras margens no rio, ficam apenas na pequena ilha. Curiosos, um grupo de turistas, resolve montar uma expedição, pois ouviram nativos da população ribeirinha falar sobre a ilha, como se ela fosse amaldiçoada, nenhum deles havia se atrevido a ir até lá, achavam estranho que só lá houvesse vida e as pessoas viam isso como se fosse uma lenda, então, abasteceram uma canoa e desembarcaram na ilha dos sete anos. Ao colocarem os pés na areia, um cheiro acre ardeu suas narinas, parecia que o ar por ali era muito mais seco, morno, o chão era arenoso e quente, ficaram pensando como poderiam plantas por ali brotar, não havia água em seu perímetro, apenas o rio à sua volta. Não viram as flores perfumadas e os pássaros coloridos que avistavam das margens do rio, muito esquisito. Resolveram não se distanciar uns dos outros, o silêncio era pungente naquela pequena ilha, a apreensão já estava fazendo com que eles apressassem o retorno, só mais uma olhadinha no centro da ilha e iriam embora, isso se conseguissem voltar, não encontram mais a canoa, não viam mais o rio, como se estivessem num universo paralelo, soltos numa ilha de ar seco demais que não pertencia a nenhum lugar, o desespero tomou conta deles, gritavam, mas, não ouviam suas próprias vozes, eles perceberam que a cada passo que davam se afundavam mais na areia, resolveram parar de se mover, um deles desapareceu num rápido sugar do solo e assim foi acontecendo, com cada um deles, exceto Elói. Ele num impulso desesperado, conseguiu sair daquela areia que sugara seus amigos e numa corrida se lançou na direção das águas do rio que não via mais. Ensanguentado, surdo e sem fala, com os membros sem movimento, ele foi resgatado por ribeirinhos, tinha os olhos esbugalhados e insanos, nunca pode explicar o que acontecera. E mais uma vez a ilha desapareceu, com seus escuros mistérios preservados por mais sete anos.
Em meio à selva fechada, um rio. Pária dos seus semelhantes, ladeadas margens de vegetação exuberante, aura mórbida sem pássaros cantantes, sem animais à vista, sem bichos rastejantes, só vidas verdes na natureza do lugar, fato que atraia inocentes visitantes. Havia ali um quê de sinistro, de inusitado, de curioso, surreal, ainda não havia explicação plausível. Uma vez a cada sete anos, surge no centro do curso caudaloso do rio uma pequena ilha, de mata fechada e incrivelmente florida, das margens do rio pode se sentir o perfume de suas floradas, papagaios coloridos e falantes habitam as copas altas de suas árvores, não voam para outras margens no rio, ficam apenas na pequena ilha. Curiosos, um grupo de turistas, resolve montar uma expedição, pois ouviram nativos da população ribeirinha falar sobre a ilha, como se ela fosse amaldiçoada, nenhum deles havia se atrevido a ir até lá, achavam estranho que só lá houvesse vida e as pessoas viam isso como se fosse uma lenda, então, abasteceram uma canoa e desembarcaram na ilha dos sete anos. Ao colocarem os pés na areia, um cheiro acre ardeu suas narinas, parecia que o ar por ali era muito mais seco, morno, o chão era arenoso e quente, ficaram pensando como poderiam plantas por ali brotar, não havia água em seu perímetro, apenas o rio à sua volta. Não viram as flores perfumadas e os pássaros coloridos que avistavam das margens do rio, muito esquisito. Resolveram não se distanciar uns dos outros, o silêncio era pungente naquela pequena ilha, a apreensão já estava fazendo com que eles apressassem o retorno, só mais uma olhadinha no centro da ilha e iriam embora, isso se conseguissem voltar, não encontram mais a canoa, não viam mais o rio, como se estivessem num universo paralelo, soltos numa ilha de ar seco demais que não pertencia a nenhum lugar, o desespero tomou conta deles, gritavam, mas, não ouviam suas próprias vozes, eles perceberam que a cada passo que davam se afundavam mais na areia, resolveram parar de se mover, um deles desapareceu num rápido sugar do solo e assim foi acontecendo, com cada um deles, exceto Elói. Ele num impulso desesperado, conseguiu sair daquela areia que sugara seus amigos e numa corrida se lançou na direção das águas do rio que não via mais. Ensanguentado, surdo e sem fala, com os membros sem movimento, ele foi resgatado por ribeirinhos, tinha os olhos esbugalhados e insanos, nunca pode explicar o que acontecera. E mais uma vez a ilha desapareceu, com seus escuros mistérios preservados por mais sete anos.