DESCONSTRUINDO O ESPÍRITO DE NATAL
Tão inocente no alto dos seus vinte anos, Elisa achou um coroa muito bem apessoado, aquele simpático Papai Noel do Shopping da Ladeira Dourada, nome pomposo para um shopping tão pequeno, mas, para aquela cidadezinha era um lugar muito luxuoso, tinha até uma praça de alimentação, tudo bem, era uma lanchonete, uma pizzaria e uma lojinha de doces, isso já atraia todo o povo, não eram tantos assim naquele lugar. Elisa não era mais criança e ainda assim resolveu entrar na fila e tirar uma foto com aquele Papai Noel 'gato', ah! Os hormônios da adolescência. Quando chegou a sua vez, não fez pedido, apenas tirou a foto e trocou cativantes olhares com 'gato Noel', no que foi correspondida. Elisa saiu dali com pés de asas, flutuando, se sentindo paquerada por um cara mais velho, ô! Época de afirmação, cria situações inusitadas, às vezes perigosas. Elisa sem nada mais pra fazer, ficou andando pelas lojinhas, experimentando uma coisa aqui, outra acolá, comenddo um docinho, bebendo um refrigerante, cumprimentando quem passava, no lugar quase todo mundo se conhecia, quase todo mundo...
Quando resolveu voltar pra casa, já havia anoitecido, caminhando devagar por uma rua mal iluminada, ouve um assovio e para sua surpresa era o 'gato Noel', só que já sem a barba da fantasia, ele era mesmo muito bonito, com certeza era de fora da cidade, Elisa se lembraria de um rosto como aquele, acabou por olhar na direção do som, sorrindo. O carro se aproximou e parou ao lado dela, o homem ofereceu carona e Elisa sem muito pensar, aceitou, estava encantada com aquele homem...........
Pra Elisa o Natal teve:
Presente - a realidade
A ceia - seus excrementos
A festa - o revirar de suas entranhas pelas mãos enluvadas pelo 'gato Noel'
Vermelho - não era a cor da fantasia era o seu rubro sangue jorrando do ventre dilacerado
A paz - a redenção do último desejo - a morte
O som que ouviu antes do suspiro final
- um esganiçado miado....
Tão inocente no alto dos seus vinte anos, Elisa achou um coroa muito bem apessoado, aquele simpático Papai Noel do Shopping da Ladeira Dourada, nome pomposo para um shopping tão pequeno, mas, para aquela cidadezinha era um lugar muito luxuoso, tinha até uma praça de alimentação, tudo bem, era uma lanchonete, uma pizzaria e uma lojinha de doces, isso já atraia todo o povo, não eram tantos assim naquele lugar. Elisa não era mais criança e ainda assim resolveu entrar na fila e tirar uma foto com aquele Papai Noel 'gato', ah! Os hormônios da adolescência. Quando chegou a sua vez, não fez pedido, apenas tirou a foto e trocou cativantes olhares com 'gato Noel', no que foi correspondida. Elisa saiu dali com pés de asas, flutuando, se sentindo paquerada por um cara mais velho, ô! Época de afirmação, cria situações inusitadas, às vezes perigosas. Elisa sem nada mais pra fazer, ficou andando pelas lojinhas, experimentando uma coisa aqui, outra acolá, comenddo um docinho, bebendo um refrigerante, cumprimentando quem passava, no lugar quase todo mundo se conhecia, quase todo mundo...
Quando resolveu voltar pra casa, já havia anoitecido, caminhando devagar por uma rua mal iluminada, ouve um assovio e para sua surpresa era o 'gato Noel', só que já sem a barba da fantasia, ele era mesmo muito bonito, com certeza era de fora da cidade, Elisa se lembraria de um rosto como aquele, acabou por olhar na direção do som, sorrindo. O carro se aproximou e parou ao lado dela, o homem ofereceu carona e Elisa sem muito pensar, aceitou, estava encantada com aquele homem...........
Pra Elisa o Natal teve:
Presente - a realidade
A ceia - seus excrementos
A festa - o revirar de suas entranhas pelas mãos enluvadas pelo 'gato Noel'
Vermelho - não era a cor da fantasia era o seu rubro sangue jorrando do ventre dilacerado
A paz - a redenção do último desejo - a morte
O som que ouviu antes do suspiro final
- um esganiçado miado....