COTOS & MORFINA
...na saida do consultório, sente uma dor lacinante na cabeça, um saco escuro vendando seus olhos, um frio na espinha e escuridão...
Olhando o que restara de si, depois de tanta tortura, Rubens nem podia crer que sobrevivera, seus algozes, por dias e noites, o torturaram, retalharam, lhe deram morfina, cauterizaram seus cotos, braços e pernas cortados sem piedade, às sarcásticas risadas, jamais esqueceria aqueles sons. Depois de tudo que lhe fizeram, simplesmente o deixaram sobre aquela bancada metálica, sujo, retalhado, sem parte de um braço, sem pernas até os joelhos, fedendo à sangue ressequido, suor de medo e álcool, que lhe deram para cheirar e permitir que sentisse melhor o próprio sofrimento. Rubens agora, só podia esperar que naquele fim de mundo, alguém aparecesse para salvá-lo, pensamento de poucas esperanças, o que lhe restara na verdade, era esperar a redenção do espírito...
...na saida do consultório, sente uma dor lacinante na cabeça, um saco escuro vendando seus olhos, um frio na espinha e escuridão...
Olhando o que restara de si, depois de tanta tortura, Rubens nem podia crer que sobrevivera, seus algozes, por dias e noites, o torturaram, retalharam, lhe deram morfina, cauterizaram seus cotos, braços e pernas cortados sem piedade, às sarcásticas risadas, jamais esqueceria aqueles sons. Depois de tudo que lhe fizeram, simplesmente o deixaram sobre aquela bancada metálica, sujo, retalhado, sem parte de um braço, sem pernas até os joelhos, fedendo à sangue ressequido, suor de medo e álcool, que lhe deram para cheirar e permitir que sentisse melhor o próprio sofrimento. Rubens agora, só podia esperar que naquele fim de mundo, alguém aparecesse para salvá-lo, pensamento de poucas esperanças, o que lhe restara na verdade, era esperar a redenção do espírito...