Meu recado ao - Memento Mori - A Arte do Terror ( cemitério) com obs.
Por várias vezes sou convidada pelo querido escritor Carlos Henrique Gomes Ferreira, Recantista como eu, para participar dos desafios, mas, por total falta de tempo para cumprir as regras de tantas leituras, graças à Deus são muitos textos, não dá para participar, mas, agradeço a este e outros convites que recebi, postando em minha página dois minicontos, dentro do tema proposto e se obtiver pelo menos, um comentário, já ficarei muito satisfeita, sucesso a todos os participantes, em mais um desafio deste gênero. Que vença o participante que mais tiver prazer, em nos surpreender. Muito obrigada.
Primeiro Texto
TÚMULO & TERNO
Pelas aleias sombrias e marmorizadas, Stefano vagueia lento, tentando entender, em meio às flores jazando secas sobre os túmulos, o motivo de ouvir pessoas dizendo que chegara sua hora...
- Quem pode saber a sua hora?
- Essa não era a sua hora!
Olhava com seu olhar vitrificado, tanto gesso, cinzentas e negras cruzes, gente triste e ele ali, frio de terno...de terno...odiava terno...
- Quem o vestira assim?
Tantas perguntas bradadas com raiva, mas, ninguém ouvia. Gritava, gritava, não sentia o ar, já não sentia dor, não mais nada, apenas, sem saber como, estava morto, restava se deitar no seu leito aveludado, cruzar as mãos, se conformar com o inevitável e seguir viagem...
SEGUNDO TEXTO
A LÁPIDE COR DE ROSA
Um pequeno mausoléu, cinza claro em seu emparedamento, grades e interior cor de doçura, tudo cor de rosa, o piso frio tão clarinho, denotava ser a última morada de uma tenra menina. No entorno, nada parecia mórbido, na parte do fundo, à direita, de onde exalava leve aroma de sândalo, um ataúde transparente de vidro rosado, onde dormia, seu derradeiro sono, um corpinho delgado, embalsamado, com um suave sorriso nos lábios, definitivamente cerrados. Naquele cemitério particular, com alguns túmulos colorizados, transparecia um ar diferente, flutuava arte naquele ambiente secular. Contava-se pela cidade que uma linhagem de artistas, vivia naquele lugar e sepultava, seus familiares conforme seus dons, por isso tantas formas arquitetônicas e multiplicidade de cores, uma beleza sepulcral digna de apreciação. O ataúde de vidro rosado, acolhia dons ainda não desvendados, isso até hoje, ainda mexe com a imaginação...
Obs: A tonta aqui, não entendeu, pois leu depressa demais, não é um desafio é um outro projeto, na verdade um livro. Como já publquei por aqui, enviarei outros dois minicontos para participar, agradeço o esclarecimento de um dos organizadores Donnefar Skedar, fazer parte de um outro livro me deixará muito feliz.
Cristina Gaspar
Rio de Janeiro, 18 de agosto de 2016.
Por várias vezes sou convidada pelo querido escritor Carlos Henrique Gomes Ferreira, Recantista como eu, para participar dos desafios, mas, por total falta de tempo para cumprir as regras de tantas leituras, graças à Deus são muitos textos, não dá para participar, mas, agradeço a este e outros convites que recebi, postando em minha página dois minicontos, dentro do tema proposto e se obtiver pelo menos, um comentário, já ficarei muito satisfeita, sucesso a todos os participantes, em mais um desafio deste gênero. Que vença o participante que mais tiver prazer, em nos surpreender. Muito obrigada.
Primeiro Texto
TÚMULO & TERNO
Pelas aleias sombrias e marmorizadas, Stefano vagueia lento, tentando entender, em meio às flores jazando secas sobre os túmulos, o motivo de ouvir pessoas dizendo que chegara sua hora...
- Quem pode saber a sua hora?
- Essa não era a sua hora!
Olhava com seu olhar vitrificado, tanto gesso, cinzentas e negras cruzes, gente triste e ele ali, frio de terno...de terno...odiava terno...
- Quem o vestira assim?
Tantas perguntas bradadas com raiva, mas, ninguém ouvia. Gritava, gritava, não sentia o ar, já não sentia dor, não mais nada, apenas, sem saber como, estava morto, restava se deitar no seu leito aveludado, cruzar as mãos, se conformar com o inevitável e seguir viagem...
SEGUNDO TEXTO
A LÁPIDE COR DE ROSA
Um pequeno mausoléu, cinza claro em seu emparedamento, grades e interior cor de doçura, tudo cor de rosa, o piso frio tão clarinho, denotava ser a última morada de uma tenra menina. No entorno, nada parecia mórbido, na parte do fundo, à direita, de onde exalava leve aroma de sândalo, um ataúde transparente de vidro rosado, onde dormia, seu derradeiro sono, um corpinho delgado, embalsamado, com um suave sorriso nos lábios, definitivamente cerrados. Naquele cemitério particular, com alguns túmulos colorizados, transparecia um ar diferente, flutuava arte naquele ambiente secular. Contava-se pela cidade que uma linhagem de artistas, vivia naquele lugar e sepultava, seus familiares conforme seus dons, por isso tantas formas arquitetônicas e multiplicidade de cores, uma beleza sepulcral digna de apreciação. O ataúde de vidro rosado, acolhia dons ainda não desvendados, isso até hoje, ainda mexe com a imaginação...
Obs: A tonta aqui, não entendeu, pois leu depressa demais, não é um desafio é um outro projeto, na verdade um livro. Como já publquei por aqui, enviarei outros dois minicontos para participar, agradeço o esclarecimento de um dos organizadores Donnefar Skedar, fazer parte de um outro livro me deixará muito feliz.
Cristina Gaspar
Rio de Janeiro, 18 de agosto de 2016.