JONAS - O LENHADOR QUE ENLOUQUECEU


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Vísceras refogadas em fel, é o que parecia aquele cozido mal cheiroso, que Jonas encontrou, fervendo em um tacho, sobre uma fogueira enorme, no meio da floresta. Como lenhador que era, já havia visto de um tudo, em seu embrenhar diário por àquelas matas, mas, isso era estranho por demais. Olhou à sua volta, tentando saber, quem era o dono daquele ensopado dos infernos, que fedia insuportavelmente, mas, nem sinal de vida por ali, pelo o que pode observar, estranho que nem os pássaros comuns naquela região, não voejavam por ali naquele momento. Deixou a situação esquisita para lá, pois tinha duas árvores já anteriormente marcadas por ele, para derrubar. Foi até o ponto onde, no dia anterior fez às ditas marcações e foi surpreendido por uma cena pavorosa e impensável. Dois homens brancos, fortes e imundos de sangue, saboreavam pernas e braços de gente, como se estivessem comendo deliciosas pernas de cabrito, o restante dos corpos sem as vísceras, estavam espalhados ao redor deles, uma cena apavorante. Jonas, c   o  r  r  e  u    dali, com mais pressa do que se estivesse fugindo de um enorme enxame de abelhas. Já passados dois dias do fato, dizem à boca pequena, no povoado, que fica bem próximo daquela floresta, que o lenhador enlouqueceu, fica   c   o  r  r  e  n  d  o   para todo lado, sem comer, só procurando água, e dizendo com a voz embargada de medo

- Canibais, canibais!

Pobre homem...


 
Cristina Gaspar
Rio de Janeiro, 15 de janeiro de 2016.

 
Cristina Gaspar
Enviado por Cristina Gaspar em 15/01/2016
Reeditado em 01/10/2016
Código do texto: T5512380
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