sufoco

Foi no mês de Agosto mês do desgosto, que Maria quitandeira passou o maior sufoco.

Era um dia de sábado, ela biscoitou o dia todo, ao lado dum forno a duzentos graus sélcius.

Nessa quentura danada Maria ficou muito cansada, lá pelas dezenove horas, comeu uma comidinha da hora, e foi para sofá ver a novela. Apagou-se acordando só ás duas horas da manhã.

Já refeita as energias, o pão do dia seguinte foi amassar, Maria tem uma barraquinha de lanches. Olhando para o relógio exclamou:

Não vou mais dormir! Meu dia vou logo começar, faltavam seis horas para o comercio abrir e mais cinco no atendimento, era muito tempo para ficar em pé. Um pouco acima do peso e com muitas varizes, decidiu descansar, deixou os materiais sobra à mesa, trancou as portas tomou aquele banho e deitou se em sua cama.

Alguns instantes após um longo silencio olhos fechados, nada se ouvia. Ela pensou; certamente os ladrões agem é quando todos dormem. Foi então que suas cadelas começaram a latir enfurecidas... Seguido de gritos: sai cachorro, sai cachorro e um tiro e um abalo semelhante a uma pancada forte em um tambor daqueles de zinco de duzentos litros. Maria pensou MEU DEUS! Estão arrombando minha barraca! Ao abrir os olhos só conseguia ver as luzes de viaturas policiais a piscarem. Ao tentar se levantar da cama, ouviu os policiais que vinham escalando a parede do mercado que fica a um metro de onde fica a sua cama, em desespero, ela rola para debaixo da cama .A polícia grita; o ladrão está aí no corredor, no caso o corredor da casa de Maria. Saia com as mãos na cabeça! grita o policial, estamos te vendo! Se quer sair VIVO! !entregue se! Maria, rastejando como uma barata tonta, vai para o outro lado da casa enfia se debaixo de uma mesa, novamente a polícia contorna a casa e fala para o ladrão se entregar. Maria rasteja para o centro da casa, ela sofre de arritmia, seu coração deveria estar aos duzentos batimentos, boca super. seca, necessitando de água. Teme pegar um copo de água e levar um tiro ou ser confundida com o ladrão. Senta se junto a uma parede no centro da casa esperando a morte chegar...Quando ouve a voz de um policial seu conhecido dizendo: Dona Maria fique tranquila está tudo certo. O ladrão já estava contido em sua área de serviço. Passava das quatro e trinta horas da madrugada. Tudo resolvido, Maria se deitou novamente e pôs a pensar: Se eu estivesse trabalhando teria sido refém? Como explicaria a policia o porque de estar naquele momento trabalhando? Foram as horas mais longas de sua vida e mais uma lição de cuidados e prevenções.

Helcina Natal
Enviado por Helcina Natal em 14/10/2015
Reeditado em 28/03/2023
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