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Da minha vida não posso me queixar
Nasci num ranchinho de palha
Cobertor de tiras para agasalhar
Tinha uma candeia para iluminar
No fogão a lenha fazia nossa comida
Para a fome saciar
Lavava roupa no rio
Era também no rio que íamos banhar
Todos os dias íamos para o roçado semear
Era uma alegria os grãos plantar
Pois sabia que a colheita era farta
E na mesa a comida não ia faltar
E para completar o alimento
Meu pai caçava e pescava
Era sempre variado o cardápio
Que a mamãe preparava.