A CULPA FLAGELADA
Crostas secas de sangue, se acumularam nas costas, dos pálidos olhos castanhos, frutos de violentas chicotadas que se aplicava diariamente, quase não dava tempo de cicatrizar, pela sequência de escoriações que ele mesmo se aplicava. Pertencia a uma seita fanática, que cultuava o auto flagelamento como forma re remissão dos pecados, tal como, na época dos Templários, só que estamos no século XXI e o ano de 2015. Pálidos olhos castanhos, tinha a pele muito alva, quase translúcida, usava sempre calças e blusão negros e muito largos, às vezes um chapéu de aba larga ou um agasalho com capuz, o Sol lhe faz mal, mas, não era albino, só tem a pele sensível, por praticamente, só transitar à noite, antes de se flagelar. Sentia dores horrorosas, mas, nunca deixava transparecer.
Uma noite, em uma de suas macabras incursões noturnas, avistou um padre saindo bem tarde de sua paróquia para comprar a edição noturna, de um determinado jornal, em uma banca que ficava aberta durante toda à noite. Os pálidos olhos castanhos, odiavam padres, era sua missão sagrada, ele assim acreditava, tinha por meta, exterminá-los um a um. Já havia nos seus trinta anos de vida, matado sem deixar pistas, pelo menos uns quarenta e cinco deles, em cidades diferentes e até em Países adjacentes, ele agia na Europa, falava sozinho o tempo todo, mudava de motéis baratos toda semana, só pagava suas despesas, extremamente espartanas em espécie.
Recebia um envelope por caixa postal, todas as semanas, com algum dinheiro que cobria suas básicas necessidades, também saqueava os bolsos de suas vítimas, como tudo que fazia, ele próprio considerava pecado, se flagelava todos dias, e usava apenas água e um pó antisséptico para limpar as diversas feridas em suas largas costas alvo translúcidas.
Aquele pobre padre, estava respirando os seus últimos minutos de ar. Ao voltar para a paróquia, olhos castanhos já esperava por ele escondido atrás de uma coluna de mármore na entrada lateral da igreja, sem alarde ou reação, um golpe certeiro de um punhal entre as costelas direcionado ao coração, o corpo caiu sem grito ou testemunhas, o pálido carrasco, saqueou os parcos cobres nos bolsos do padre e sorrateiramente, como ele entrou, ele saiu para a escuridão da noite, carregando sua culpa parda.
Ao chegar ao seu espartano quarto, tirou a roupa, se chicoteou diversas vezes e caiu desmaiado de dor. Muitas horas depois, ele acorda, se banha, cobre as feridas com o pó antisséptico e reza por mais de uma hora, uma sussurrada cantilena próxima ao latim. Come algumas frutas e pão, deita de bruços e planeja para qual cidade irá se transferir. Deixa o motel bem cedo, pega o trem para uma nova cidade, onde continuará cumprindo seu sórdido destino, quem financiava seus crimes através dos envelopes de dinheiro, ainda é uma incógnita, sabe-se apenas que poucos meses depois, os pálidos olhos castanhos, foram encontrados com as feridas apodrecidas, morto, dentro de um trem, a caminho de Paris, com um punhal sujo de sangue ressequido, escondido nas costas, sem nenhuma identificação...
Crostas secas de sangue, se acumularam nas costas, dos pálidos olhos castanhos, frutos de violentas chicotadas que se aplicava diariamente, quase não dava tempo de cicatrizar, pela sequência de escoriações que ele mesmo se aplicava. Pertencia a uma seita fanática, que cultuava o auto flagelamento como forma re remissão dos pecados, tal como, na época dos Templários, só que estamos no século XXI e o ano de 2015. Pálidos olhos castanhos, tinha a pele muito alva, quase translúcida, usava sempre calças e blusão negros e muito largos, às vezes um chapéu de aba larga ou um agasalho com capuz, o Sol lhe faz mal, mas, não era albino, só tem a pele sensível, por praticamente, só transitar à noite, antes de se flagelar. Sentia dores horrorosas, mas, nunca deixava transparecer.
Uma noite, em uma de suas macabras incursões noturnas, avistou um padre saindo bem tarde de sua paróquia para comprar a edição noturna, de um determinado jornal, em uma banca que ficava aberta durante toda à noite. Os pálidos olhos castanhos, odiavam padres, era sua missão sagrada, ele assim acreditava, tinha por meta, exterminá-los um a um. Já havia nos seus trinta anos de vida, matado sem deixar pistas, pelo menos uns quarenta e cinco deles, em cidades diferentes e até em Países adjacentes, ele agia na Europa, falava sozinho o tempo todo, mudava de motéis baratos toda semana, só pagava suas despesas, extremamente espartanas em espécie.
Recebia um envelope por caixa postal, todas as semanas, com algum dinheiro que cobria suas básicas necessidades, também saqueava os bolsos de suas vítimas, como tudo que fazia, ele próprio considerava pecado, se flagelava todos dias, e usava apenas água e um pó antisséptico para limpar as diversas feridas em suas largas costas alvo translúcidas.
Aquele pobre padre, estava respirando os seus últimos minutos de ar. Ao voltar para a paróquia, olhos castanhos já esperava por ele escondido atrás de uma coluna de mármore na entrada lateral da igreja, sem alarde ou reação, um golpe certeiro de um punhal entre as costelas direcionado ao coração, o corpo caiu sem grito ou testemunhas, o pálido carrasco, saqueou os parcos cobres nos bolsos do padre e sorrateiramente, como ele entrou, ele saiu para a escuridão da noite, carregando sua culpa parda.
Ao chegar ao seu espartano quarto, tirou a roupa, se chicoteou diversas vezes e caiu desmaiado de dor. Muitas horas depois, ele acorda, se banha, cobre as feridas com o pó antisséptico e reza por mais de uma hora, uma sussurrada cantilena próxima ao latim. Come algumas frutas e pão, deita de bruços e planeja para qual cidade irá se transferir. Deixa o motel bem cedo, pega o trem para uma nova cidade, onde continuará cumprindo seu sórdido destino, quem financiava seus crimes através dos envelopes de dinheiro, ainda é uma incógnita, sabe-se apenas que poucos meses depois, os pálidos olhos castanhos, foram encontrados com as feridas apodrecidas, morto, dentro de um trem, a caminho de Paris, com um punhal sujo de sangue ressequido, escondido nas costas, sem nenhuma identificação...