VISCERAL LOUCURA
Roucas vozes negras, despertam em morenos olhos castanhos, sensações desconexas, um misto de terror e volúpia. Por mais que ela esteja com medo, o odor que exala dos corpos das roucas vozes negras, atiça o desejo dentro de seu ser. Ela tenta conter o clamor do sexo, mas, não consegue resistir. A falta de cortesia do tocar de quatro mãos grossas, passeando por suas formas generosas e firmes e também por suas cavernas escondidas, lhe causam asco, repulsa e ao mesmo tempo prazer. Essa mistura absurda diante da situação de algoz x vítima, a deixa sem reação, como se o seu corpo, ansiasse por saciar o apelo da carne e a mente embotasse e não tivesse forças para se rebelar, deixava-se simplesmente seviciar, muda, enojada e sórdida.
Depois de horas de tortura sexual e brutal, seu corpo, já não respondia com desejo, só sentia dor e desespero. Seus sentidos confusos, agora só queriam que tudo terminasse, mas, as roucas vozes negras pareciam insaciáveis.
Sirenes luminosas e a porta arrancada a pés, pôem fim ao martíruo surreal. Rapidamente, algemas adornam os pulsos das insaciáveis roucas vozes negras. Já, sobre as carnes invadidas e amaciadas, dos morenos olhos castanhos, é colocado um lençol amarelo. Seguindo-se todos os trâmites legais, legista, psicólogo, depoimentos, acariações e relatos, do hospital, morenos olhos castanhos é deixada em casa, ela mora sozinha.
Depois de um longo banho de imersão, ela se embrulha num edredom florido, se estica no sofá da sala e deixa sua mente viajar. Todo o horror passado lhe chega aos borbotões, como cenas distorcidas e dolorosas, mas, inexplicávelmente, uma enorme culpa vai consumindo sua alma, pois apesar de todo o martírio que passara, seus subterrâneos, borbulham de gozo e tesão, fica imaginando apenas o seguinte...enlouquecera.
Cristina Gaspar
Rio de Janeiro, 12 de agosto de 2015.
Roucas vozes negras, despertam em morenos olhos castanhos, sensações desconexas, um misto de terror e volúpia. Por mais que ela esteja com medo, o odor que exala dos corpos das roucas vozes negras, atiça o desejo dentro de seu ser. Ela tenta conter o clamor do sexo, mas, não consegue resistir. A falta de cortesia do tocar de quatro mãos grossas, passeando por suas formas generosas e firmes e também por suas cavernas escondidas, lhe causam asco, repulsa e ao mesmo tempo prazer. Essa mistura absurda diante da situação de algoz x vítima, a deixa sem reação, como se o seu corpo, ansiasse por saciar o apelo da carne e a mente embotasse e não tivesse forças para se rebelar, deixava-se simplesmente seviciar, muda, enojada e sórdida.
Depois de horas de tortura sexual e brutal, seu corpo, já não respondia com desejo, só sentia dor e desespero. Seus sentidos confusos, agora só queriam que tudo terminasse, mas, as roucas vozes negras pareciam insaciáveis.
Sirenes luminosas e a porta arrancada a pés, pôem fim ao martíruo surreal. Rapidamente, algemas adornam os pulsos das insaciáveis roucas vozes negras. Já, sobre as carnes invadidas e amaciadas, dos morenos olhos castanhos, é colocado um lençol amarelo. Seguindo-se todos os trâmites legais, legista, psicólogo, depoimentos, acariações e relatos, do hospital, morenos olhos castanhos é deixada em casa, ela mora sozinha.
Depois de um longo banho de imersão, ela se embrulha num edredom florido, se estica no sofá da sala e deixa sua mente viajar. Todo o horror passado lhe chega aos borbotões, como cenas distorcidas e dolorosas, mas, inexplicávelmente, uma enorme culpa vai consumindo sua alma, pois apesar de todo o martírio que passara, seus subterrâneos, borbulham de gozo e tesão, fica imaginando apenas o seguinte...enlouquecera.
Cristina Gaspar
Rio de Janeiro, 12 de agosto de 2015.