A FOME VÍTIMA DO IMPROVÁVEL ACASO (micro conto)
Na calada da noite vazia, vem pelas sombras dos edifícios, esquálidos passos si lá bi cos rastejantes e pardos, à espreita de uma vítima ocasional. Nem um plano, nenhum foco específico, apenas em busca de conseguir umas pratas, para saciar uma fome que fere dolorosamente seu ventre. Passos morenos e rápidos, atravessam por entre dois prédios, de mochila, tênis caro e boné de marca, um homem de estatura mediana, magro e de óculos escuros. É dado o bote, os passos si lá bi cos famintos, atacam a vítima, que reage com uma arma de choque, o homem magro, era um policial à paisana, que não satisfeito com o choque, saca uma pequena arma da cintura e atira bem na face parda e esfomeada, fim do embate. O policial de óculos escuros, olha para os lados, segue seu caminho, como se nada tivesse acontecido, sem testemunhas, só a noite vazia, deixando a fome esquálida e parda estirada na calçada...
Cristina Gaspar
Rio de Janeiro, 25 de junho de 2015.
Na calada da noite vazia, vem pelas sombras dos edifícios, esquálidos passos si lá bi cos rastejantes e pardos, à espreita de uma vítima ocasional. Nem um plano, nenhum foco específico, apenas em busca de conseguir umas pratas, para saciar uma fome que fere dolorosamente seu ventre. Passos morenos e rápidos, atravessam por entre dois prédios, de mochila, tênis caro e boné de marca, um homem de estatura mediana, magro e de óculos escuros. É dado o bote, os passos si lá bi cos famintos, atacam a vítima, que reage com uma arma de choque, o homem magro, era um policial à paisana, que não satisfeito com o choque, saca uma pequena arma da cintura e atira bem na face parda e esfomeada, fim do embate. O policial de óculos escuros, olha para os lados, segue seu caminho, como se nada tivesse acontecido, sem testemunhas, só a noite vazia, deixando a fome esquálida e parda estirada na calçada...
Cristina Gaspar
Rio de Janeiro, 25 de junho de 2015.