TERROR - REVOLUÇÃO EM ALTO MAR - (um conto desconstruído)
Devoradores ventos instáveis
Arremessando mastros, remos, lastros
Vorazes fustigadas lágrimas frias de mar
Latentes vozes trovoadas
Retumbantes raios raivosos
Relâmpagos explodindo seus braços mortíferos
Intensa sede confusa, dramática madrugada
Oceano em fúria tresloucada
Netuno insano, em voraz e vigorosa manifestação
Aterrorizantes vagas, febre ardente de sal, iodo e algas
Indiscretas e robustas ondas, desnudando fendas, corais
Sereias desesperadas, emudecem seu cantar
Profundo temor abissal
Revôltas nuvens, de formas disformes
Transmutação boreal, desafio natural
Seres marinhos em nados alucinados
Sem rumo ou destino, descoordenadas barbatanas
Verdejantes jatos profundos, estúpido marear
Garfo Netúnico, em êxtase delírio
Furacões, tufões e tsunamis magistrais, mortais
Maremotos gargalhando, grandes águas, infladas de furor
Em consoante degustação de naus, de vidas
Assustadores monstros marinhos, ressurgidos das profundezas
Urram seus destemperados ânimos
Implacável cenário de espuma, inebriantes volteios
Mórbidos lanhos, rotundos, chicotes salgados de fel
Em terra, a turba colossal, delirante em dissonante fuga
Fim dos tempos
Cristina Gaspar
Rio de Janeiro, 16 de maio de 2015.
Devoradores ventos instáveis
Arremessando mastros, remos, lastros
Vorazes fustigadas lágrimas frias de mar
Latentes vozes trovoadas
Retumbantes raios raivosos
Relâmpagos explodindo seus braços mortíferos
Intensa sede confusa, dramática madrugada
Oceano em fúria tresloucada
Netuno insano, em voraz e vigorosa manifestação
Aterrorizantes vagas, febre ardente de sal, iodo e algas
Indiscretas e robustas ondas, desnudando fendas, corais
Sereias desesperadas, emudecem seu cantar
Profundo temor abissal
Revôltas nuvens, de formas disformes
Transmutação boreal, desafio natural
Seres marinhos em nados alucinados
Sem rumo ou destino, descoordenadas barbatanas
Verdejantes jatos profundos, estúpido marear
Garfo Netúnico, em êxtase delírio
Furacões, tufões e tsunamis magistrais, mortais
Maremotos gargalhando, grandes águas, infladas de furor
Em consoante degustação de naus, de vidas
Assustadores monstros marinhos, ressurgidos das profundezas
Urram seus destemperados ânimos
Implacável cenário de espuma, inebriantes volteios
Mórbidos lanhos, rotundos, chicotes salgados de fel
Em terra, a turba colossal, delirante em dissonante fuga
Fim dos tempos
Cristina Gaspar
Rio de Janeiro, 16 de maio de 2015.