TELA VIVA (mini conto)
Na tela surrealista, em meio à pinceladas de preto, vermelho, roxo e azul, um ventre exposto, aberto, ressequido de sangue e tinta. Os atentos visitantes da galeria de arte, analisam com cuidado a beleza e a qualidade do trabalho do artista. Grotesca obra, rica em seus detalhes mórbidos, escurecida e com um efeito, escandalosamente, maravilhoso.
De repente, um grito alucinante, extremamente agudo.
Insolitamente, como num fantástico efeito especial de cinema. Da tela morta, cai um feto, vivo, disforme, molhado, com a boca cheia de dentes amarelados, rindo, para uma platéia, absolutamente, estarrecida. Desmaios, c o r r e r i a, pessoas pisoteadas por outras fugindo em d i s p a r a d a pelas portas.
Uma gargalhada, estridente, horripilante e i n s a n a, ecoa pela galeria, agora, quase vazia. Do nada, todas as luzes se apagam. Tudo desaparece como num passe de mágica.
Na tela surrealista, em meio à pinceladas de preto, vermelho, roxo e azul, um ventre exposto, aberto, ressequido de sangue e tinta. Os atentos visitantes da galeria de arte, analisam com cuidado a beleza e a qualidade do trabalho do artista. Grotesca obra, rica em seus detalhes mórbidos, escurecida e com um efeito, escandalosamente, maravilhoso.
De repente, um grito alucinante, extremamente agudo.
Insolitamente, como num fantástico efeito especial de cinema. Da tela morta, cai um feto, vivo, disforme, molhado, com a boca cheia de dentes amarelados, rindo, para uma platéia, absolutamente, estarrecida. Desmaios, c o r r e r i a, pessoas pisoteadas por outras fugindo em d i s p a r a d a pelas portas.
Uma gargalhada, estridente, horripilante e i n s a n a, ecoa pela galeria, agora, quase vazia. Do nada, todas as luzes se apagam. Tudo desaparece como num passe de mágica.
Cristina Gaspar
Rio de Janeiro, 15 de maio de 2015.
Rio de Janeiro, 15 de maio de 2015.