DISTRAÇÃO IV - parte final

continuando...

Áurea e Eloy, se assustaram e a ruiva foi curta e grossa

-Branquinha, fica calada que é melhor pra você, fez bobabem, muita bobagem, meu amigo tá te espernando , deixe o carinha aí e vem comigo calada, se não quiser que alguma coisa aconteça com teu filho.

Na cabeça de Áurea veio imediatamente a lembrança, do telefonema que seu agressor fizera, dizendo para a pessoa que estava do outro lado da linha, buscar a ruiva, Áurea estava apavorada, Eloy ficou sem ação, pela simples menção de seu filho, pelo pavor nos olhos de Áurea, acreditou que ela conhecia aquele ser estranho e pálido. Áurea se levantou, se sacrificaria pelas vidas de Felipe e Eloy, estava com medo, mas, seu corpo não mais tremia, como que estivesse entorpecido, disse então, para Eloy

- Não reaja meu amor, cuide de nosso filho, e deixando um Eloy aparvalhado, seguiu a ruiva.

Eloy saiu da prostração, pegou seu filho na creche, explicou a diretora o que estava acontecendo e saiu às pressas para a delegacia. Contou ao delegado, o que acontecera, pedidno socorro deseperadamente. O  delegado percebendo o terror de Eloy, e vendo que o menino estava ficando agitado, fez algumas ligações, formou uma equipe e partiram em diligência, para os locais indicados por Áurea em seu depoimento, e todos os policiais estavam de posse do retrato falado do agressor e agora também, da descrição da ruiva magra, estranha e pálida.

O delegado disse, que era melhor para o menino, que Eloy esperasse por notícias, em sua própria casa, Eloy concordou e saiu com Felipe no colo.

As horas passando e Eloy se desesperando, fingindo alegria perto do filho, mas, por dentro estava só orando por Áurea, muitas coisas horrendas, passavam por sua cabeça, pobre Áurea, ele estava se sentindo um inútil, sem ação, se sentia culpado por tudo o que Áurea, poderia estar passando.

Quase onze horas da noite, o telefone toca, Felipe já está dormindo como um anjo, Eloy atende o telefone com um nó na garganta, só rezava por boas notícias.

A voz do delegado pareceia alegre, Eloy pediu que ele lhe desse as notícias rápido, preocupadíssimo que estava com Áurea. O delegado o acalmou, dizendo que sua esposa já estava sendo levada para casa, a diligência e a abordagem, foram vitoriosas, os marginais estavam muito drogados, e embora tenham batido em Áurea, não fora nada sério, que muito amor não curasse. Haviam levado sua esposa ao hospital, antes de uma viatura levá-la pra casa.

Os três já estavam presos e passariam um bom tempo na cadeia, pois sequestro era crime inafiansável e hediondo. Eloy agradeceu, o delegado disse que precisaria de Áurea no dia seguinte, para depoimento, mas, por hoje, era só descanso e relaxar ao lado do marido.

Assim que Áurea chegou, Eloy a abraçou, a pegou no colo como um bebê, levou-a até o sofá, e juntos choraram abraçados, finalmente em paz.

Cristina Gaspar
Rio de Janeiro, 30 de abril de 2015.
Cristina Gaspar
Enviado por Cristina Gaspar em 30/04/2015
Reeditado em 01/05/2015
Código do texto: T5226326
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