DISTRAÇÃO III
continuando...
Tomou um banho reconfortante, cobriu como pode, com maquiagem, as marcas no rosto, pescoço e mãos, colocou uma roupa mais fechada, graças à Deus, foram só escoriações doloridas, e foi pegar o filho na creche.
Felipe recebeu a mãe com muitos carinhos e na sua tenra idade, apenas reclamou da demora dela, a diretora o tinha mantido ocupado, com brincadeiras e mimos. Deixando o filho com os coleguinhas, foi até a sala da diretora para relatar o sufoco que passara, ela ficou muito preocupada, pois ela foi abordada na esquina de um beco ao lado da creche, e se eles aparecessem de novo, se procurassem por ela, pelo um deles ela poderia reconhecer e ele estava livre poderia querer vingança, que horror, meu Deus!
Áurea pediu se poderia falar com seu marido por telefone na sala dela, pois em casa, Felipe poderia escutar e ficaria assustado, a diretora deixou-a à vontade. Ela então, ligou e desabafou todo seu horror com seu amado, que ficou estarrecido, disse que pediria uma licença do trabalho e saíria de lá ainda naquela tarde, não poderia deixá-la sozinha, num momento angustiante como aquele.
Áurea leva seu filho pra casa, a vida precisa seguir, encheu Felipe de amor e carinhos, e à noite ficou aguardando o marido chegar. Agora sentada no sofá da sala, chorou copiosamente, como desafogando de dentro do peito, toda sua saga medonha, então, se esticou mais confortavelmente, estava sentindo um pouco de paz. Eloy, seu marido, chegou na madrugada, se abraçaram, ele não sabia como confortá-la, apenas a cobriu de beijos, quis ver as marcas deixadas no corpo de sua mada e desesperado se encheu de ódio e preocupação, era preciso clamar por justiça, cobrar os esforços investigativos da polícia, não conseguia se imaginar sem Áurea em sua vida, amava demais, sua pequena família.
No dia seguinte, deixaram Felipe na creche e Eloy levou Áurea ao médico, pois ela sentia muitas dores, ficaram algumas horas no hospital, e graças à Deus, ela não sofrera nenhuma invasão sexual, só sevicias e fortes tapas, curativos foram feitos, medicamento para dor e um leve calmante. Depois disso, foram almoçar, próximo à creche, no meio da refeição, uma mulher muito magra, com aparência masculinizada e ruiva, sentou-se, sem convite à mesa do casal.
continua...
Cristina Gaspar
Rio de Janeiro, 30 de abril de 2015.
continuando...
Tomou um banho reconfortante, cobriu como pode, com maquiagem, as marcas no rosto, pescoço e mãos, colocou uma roupa mais fechada, graças à Deus, foram só escoriações doloridas, e foi pegar o filho na creche.
Felipe recebeu a mãe com muitos carinhos e na sua tenra idade, apenas reclamou da demora dela, a diretora o tinha mantido ocupado, com brincadeiras e mimos. Deixando o filho com os coleguinhas, foi até a sala da diretora para relatar o sufoco que passara, ela ficou muito preocupada, pois ela foi abordada na esquina de um beco ao lado da creche, e se eles aparecessem de novo, se procurassem por ela, pelo um deles ela poderia reconhecer e ele estava livre poderia querer vingança, que horror, meu Deus!
Áurea pediu se poderia falar com seu marido por telefone na sala dela, pois em casa, Felipe poderia escutar e ficaria assustado, a diretora deixou-a à vontade. Ela então, ligou e desabafou todo seu horror com seu amado, que ficou estarrecido, disse que pediria uma licença do trabalho e saíria de lá ainda naquela tarde, não poderia deixá-la sozinha, num momento angustiante como aquele.
Áurea leva seu filho pra casa, a vida precisa seguir, encheu Felipe de amor e carinhos, e à noite ficou aguardando o marido chegar. Agora sentada no sofá da sala, chorou copiosamente, como desafogando de dentro do peito, toda sua saga medonha, então, se esticou mais confortavelmente, estava sentindo um pouco de paz. Eloy, seu marido, chegou na madrugada, se abraçaram, ele não sabia como confortá-la, apenas a cobriu de beijos, quis ver as marcas deixadas no corpo de sua mada e desesperado se encheu de ódio e preocupação, era preciso clamar por justiça, cobrar os esforços investigativos da polícia, não conseguia se imaginar sem Áurea em sua vida, amava demais, sua pequena família.
No dia seguinte, deixaram Felipe na creche e Eloy levou Áurea ao médico, pois ela sentia muitas dores, ficaram algumas horas no hospital, e graças à Deus, ela não sofrera nenhuma invasão sexual, só sevicias e fortes tapas, curativos foram feitos, medicamento para dor e um leve calmante. Depois disso, foram almoçar, próximo à creche, no meio da refeição, uma mulher muito magra, com aparência masculinizada e ruiva, sentou-se, sem convite à mesa do casal.
continua...
Cristina Gaspar
Rio de Janeiro, 30 de abril de 2015.