OLHEIRAS MORENAS E FRIAS - parte I

Saciedade, estampada no semblante pálido, de olheiras fundas e morenas. Denis, um nome, tão simples, impossível associá-lo a um ser tão lindo e frio, como aquela criatura. Quem observasse atentamente, apenas perceberia um homem insuportavelmente lindo, profundos olhos verdes, alto, quase um metro e noventa e cinco de altura, ombros largos e fortes, corpo perfeito, por dentro só um ser frio, mórbido e cruel. Tem preferência por mulheres jovens e magras, acha o sabor da carne delas, mais agradável, mais firme, ele acha que elas têm o sangue mais doce, ao seu paladar. E as de olhos grandes, eram suas preferidas, adorava ver seus olhos se esbugalhando, quando colava suas bocas com super cola, as retalhava e as comia em partes, devagar e dolorosamente.

Na noite anterior, encontrou uma nova vítima, uma jovem de grandes olhos negros, magra e descuidada, nem percebera o perigo que estava correndo, nem todos os horrores que iria passar. Eleanor, era uma garçonete que trabalhava em, uma lanchonete de um grande posto de gasolina, que ficava à beira de uma longa estrada, no meio do nada, no Texas. Mal podia imaginar, que aceitar uma carona do último cliente da sua jornada de trabalho, um magnífico exemplar do sexo masculino, iria ser o seu fim, ao contrário, acreditou ser sua noite de sorte.

Eleanor, estranhou apenas, ele ser tão calado e ter àquelas profundas olheiras morenas, num rosto tão pálido, sua tensão aumentou quando Denis disse que, precisava dar um paradinha rápida e ela imaginou que ele precisava liberar a cerveja que bebera, pobre coitada, não poderia imaginar sua triste sina.

Continua,,,


Cristina Gaspar
Rio de Janeiro, 18 de abril de 2015.
 
Cristina Gaspar
Enviado por Cristina Gaspar em 18/04/2015
Reeditado em 18/04/2015
Código do texto: T5211229
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