Pesadelo de Medo
Em uma estrada quase deserta, o ônibus precisando reparos. Dois homens descem, o primeiro movimenta as placas de metal na lateral do veículo, o segundo segue para ver se não ficaram falhas no encaixe. O primeiro sobe e liga o veículo, o segundo sai correndo em direção à porta para subir no veículo. Uma carreta em alta velocidade passa e sacode o ônibus, quase jogando o segundo que corria em direção à porta, longe. Seguem o caminha da estrada com raro movimento. Encostam próximos a um vilarejo. Os passageiros descem para esticarem as pernas. Uma cidade deserta, com poucas pessoas circulando na praça do centro. Um rapaz tentou puxar conversa com um caminhante, que abaixou a cabeça e seguiu seu caminho sem dar nenhuma resposta. Entram no armazém, que esta vazio. O homem do balcão indica um local em uma estrada a poucos metros. seguem o percurso a pé.
Os primeiros encontram uma espécie de garagem, repleta de peças e objetos de decoração. Alguns pegam certos objetos e observam, desejando comprar algumas daquelas relíquias que estão em ótimo estado de conservação. Os dois homens que consertaram o ônibus, seguem recinto adentro. Chegam em uma espécie de sala, onde uma mulher bem gorda está sentada. Pergunta o que querem sem se virar. Dizem que precisam de suprimentos e que alguns passageiros gostaram das peças expostas e desejavam saber o preço. A mulher diz que não estão à venda. Os dois se olham e agradecem, se dirigindo para a saída. As portas descem e o local é tomado pela escuridão. Uma mulher se desespera e grita. Todos pedem calma e dizem para encontrarem alguma claridade ou irem tateando até a saída, que não estaria longe deles. Chegam até as portas e tentam movê-las, sem sucesso. Gritam e batem inutilmente. Formavam um grupo de quinze pessoas, que havia ganhado aquela estrada com intuito de cortar caminho e chegar em uma cachoeira, onde combinaram com outros grupos de se encontrarem para acampar.
Um jovem sentiu ser sufocado e perdeu os sentidos. Seu corpo foi arrastado pela escuridão e distanciado dos outros. Amordaçado, foi içado por roldanas e uma pessoa no escuro perfura seu corpo com espetos de churrasco. Seus gemidos eram abafados e a venda nos olhos não permitia enxergar o agressor. Logo perderia os sentidos. Uma portinhola no solo abre e engole outro rapaz. O grupo se apavora e a visão já se acostuma com o ambiente escuro. Uma pancada na cabeça. O rapaz acorda acorrentado de cabeça para baixo, com o sangue escorrendo sobre os olhos, fazendo arder as vistas. Um pitbull é solto em direção ele e começa morder-lhe o rosto, devorando seu corpo a partir da cabeça. Os gritos deixam o restante do grupo desesperado. Uma das mordidas arranca a mandíbula da vítima e o sangue cai em cascata. Pedem que todos fiquem juntos e notam o sumiço de outro integrante.
Agora uma jovem sumiu do grupo. Sendo puxada por mãos fortes em uma falsa parede. É sufocada a ponto de perder os sentidos. Desperta com a mulher gorda a observando. Chora e tenta gesticular, com as mãos e pernas presas e a boca amordaçada. Mais uma vez o solo se abre, dessa vez um senhor cai sobre estacas, mas não morre. Grita de dor com membros quebrados e as perfurações da madeira afiada. Com um serrote, um homem monstruoso começa a serrar as partes daquele corpo indefeso. Os gritos ecoam pelo lugar. Uma jovem é presa pelo pescoço como uma corrente e seu corpo suspenso do solo. O grupo se apavora ao ver a cena. Se debate até perder as forças e ter o pescoço quebrado. O forte estalo impressionou aos que assistiam ao espetáculo. Outro integrante pensou ter encontrado uma saída e caiu em um poço, com as pernas quebradas implorando ajuda. Um crocodilo aparece e começa a atacá-lo, que tenta resistir com inúteis socos. A perna foi presa pelas mandíbulas e puxada para a parte que possuía um tanto de água na outra extremidade do poço. Os membros eram arrancados.
Dois homens foram presos em uma espécie de jaula. Uma porta que entrarem e os trancou em seguida. A instrução era que um matasse o outro ou ambos seriam mortos. Os cães latiam e a porta que separava deles ia abrindo aos poucos. A luta começou de forma violenta. Um deles, mais forte, conseguiu com uma pedra dar cabo do outro sujeito, que era o motorista do veículo que usaram na viagem. Em seguida a porta foi erguida e os cães entraram a pedra só acertou o primeiro, os outros quatro concluíram o serviço e devoraram aquele outro sujeito. Uma mulher também ficou presa em uma sala, com combustível caindo sobre seu corpo e após isso uma chama que a incendiou viva. A próxima vítima, uma senhora que pensou ter descoberto uma passagem na parede, foi tragada em direção a um triturador, que moeu seu corpo e a reduziu a pedaços de carne e osso. Um senhor foi acertado por diversas flechas, caindo aos pés dos outros prisioneiros. Uma senhora acabou sendo atingida por disparos de arma de fogo. Mais um rapaz foi atacado, um machado abriu sua cabeça ao meio. Restava apenas um casal.
Imaginaram que estavam diante de um lugar com muitas armadilhas. Deveriam proceder com bastante cuidado. Também imaginavam que de alguma forma estavam sendo observados. Uma porta se abre e aparece um sujeito com aparência assustadora. Ele carrega nas mãos uma barra de ferro e se dirige para o casal. O homem, o mesmo que ajudara o motorista com as placas na estrada, se arma com um pedaço de madeira e bate com força no monstro que os acuava. A madeira quebrou ao se encontrar com aquele dorso rígido. O monstro dava golpes com a barra de ferro e o rapaz conseguia desviar, chegando a acertar alguns socos contra o rosto do seu algoz, que largou a barra de ferro e suspendeu o outro com as mãos, enforcando-o. A mulher, desesperada, foi buscar a barra de ferro. Quando foi acertar o golpe o monstro se virou rapidamente e a pancada acertou a cabeça do rapaz que caiu com um corte na testa. Um soco desmaiou a mulher que foi amarrada. O rapaz foi amarrado em um trator. A barra de ferro foi utilizada para espancar a mulher na frente do rapaz, até reduzi-la a uma massa disforme com o crânio estourado. O trator foi ligado e com a marcha ré passou por cima do corpo do rapaz, destroçando-o.
O sujeito monstruoso foi até o local onde a mulher gorda se encontrava. Viu a última vítima do grupo, presa. A mulher arregalou os olhos de espanto ao ver aquele ser monstruoso. O sujeito foi até a cidade com seu guincho e levou o ônibus até onde estavam. Fez questão de arrumar os restos das vítimas e depois com máquinas de serralheria, fez fissuras na lataria do veículo, transformando-o em um momento de ferro retorcido. Com seu guincho, rebocou o ônibus até certo trecho da estrada, fazendo-o rolar por uma ribanceira. Um veículo avistou o ônibus e comunicou as autoridades sobre o ocorrido. De volta à sua casa, o monstro encontrou a mulher gorda em frente à televisão, sentada em sue sofá. Ao entrar em um quarto anexo, encontrou sua prisioneira, que estava despida e com marcas de agressões. Percebeu que havia sido estuprada enquanto esteve fora. A vítima foi agarrada pelos cabelos e jogada dentro de um pequeno pátio que ficava no subterrâneo do lugar. Lá encontrou outras cinco pessoas, todas em estado deplorável.
Imaginou que deveriam também ter sofrido como ela e seus amigos. Tentou se comunicar em vão, não existia conversa ali. Foi tirada do local pelo mesmo sujeito com força descomunal e levada a uma sala. Lá presenciou pedaços de corpos e se desesperou. Uma cabeça com a boca costurada foi mostrada a ela. Entendeu o recado e retornou calada para sua prisão. A mulher gorda costumava ir ali e escolher um deles para que compusesse a mistura das refeições. Quando o estoque de carne estava escasso dentro da casa. ela apontava e o sujeito forte vinha e carregava a vítima. Matava, arrancava a pele e desossava. Comiam os restos da comida que sobrava dos cães e a água que bebiam jorrava de uma canaleta vinda do banheiro de seus algozes. Um dia, conseguiu um pedaço de madeira, que retirou de uma parte de um caibro que havia sido deixado ali com eles. Todos os dias, usava uma falha na porta de ferro para dar polimento naquela lasca. Quando estava bem afiada, ajoelhou no meio do pátio e rasgou o próprio pescoço. O sujeito monstruoso entrou e amparou o corpo, ainda conseguindo enxergar um resquício de vida naqueles olhos. Aproveitou para levar seu cadáver para a oficina onde trabalhava. Todos os dias penetrava aquele corpo morto e gozava observando aqueles olhos mortos abertos.