UMA HISTÓRIA MACABRA. senhor Jonas parte II

Havia uma curva muito fechada naquela estrada, o carro não estava em alta velocidade; mas foi o bastante para o volante não destorcer a tempo, pronto! Fomos parar lá no meio do capim à quase uns cem metros longe do trajeto, ninguém se machucou, saímos inteirinhos do carro, nenhum arranhão.

O cenário era desolador, parecia que a noite neste lugar de mostrava mais intensa, um escuro tal qual um breu, estávamos perdido nem sabíamos para onde iriamos.

Com o pouco de claridade que atravessava momentânea as nuvens ainda que fosse turva mais em relance aos poucos aparecia algo neste local, dava para perceber que por ali existiam algumas ruinas, alguns habitantes já viveram por ali e deixaram suas marcas... Segurei a mão de Rita e Ana sustentando em meus ombros caminhava abraçada com o menino e tentávamos encontrar a estrada que ficou para trás e assim mudávamos nossos passos tropeçando nos escombros de muitos cacos de tijolos e telhas velhas quebradas.

De repente o menino deu um grito de medo e aterrorizado disse – Pisei em uma cruz e a coroa de lata feriu meu pé, estou ficando com medo deste lugar.

Estávamos caminhando sobre um terreno que outrora já existiu um cemitério e logo percebíamos o forte cheiro de corpos em estado de decomposição, quanto mais caminhávamos mais percebíamos estes restos mortais espalhados por todas as partes devido às chuvas e as enxurradas descobriam aqueles corpos que havia sido sepultado em covas rasas.

Certeza que estávamos andando em círculos por que sempre parávamos no mesmo lugar.

Em um dado momento o céu ficou claro e a lua cheia apareceu por completo foi ai que todo aquele cenário ficou iluminado pela aquela luz prateada das quase meias noites, olhei ao meu redor e percebi que a geografia destas paisagens era formada de uma extensa planície e este cemitério estava lá intacto e nós estávamos justamente em uma pequena parte afetada pelo assoreamento das águas que escoava por um túnel que atravessava por baixo daquela estrada e passava destruindo justamente em um pequeno espaço deste Campo Santo, aproveitando que neste momento tudo estava nítido aproveitamos para observar as imediações para perceber se constatávamos a presença de algo ou alguém que poderia nos salvar desta confusão sinistra, ou encontrar nosso carro que com certeza não estava muito distante dali.

O menino que acompanhava Ana resmungava e chorava pedindo para que eu desse uma solução para aquele transtorno, enquanto Ana ficava assustada com esta situação, Rita não reclamava, mas fazia piadinhas com estes defuntos presentes neste local.

Ufa! Que alívio parece que mora alguém ali; vejam aquelas luzes naquela casinha, vamos até lá para perguntar para este vivente se poderia nos indicar um caminho para sairmos deste local.

E em seguida mais que depressa dirigimos para lá que estava na distância de mais ou menos uns duzentos metros; mas porem com nossos passos bem acelerados nós conseguimos aproximar e verificar isto que parecia para nós uma tábua de salvação, faltando uns oitenta metros para chegar, de repente as luzes apagaram e por um momento perdemos de vista, logo as luzes acenderam novamente, corremos para lá, ai conseguimos constatar que se tratava de uma capela junta posta a um mausoléu com algumas dezenas de velas acesas, havia umas quatros gavetas e uma delas estava revirada; alguém havia aberto os despojos deste morto e não guardaram direito em seu devido lugar, era um caixão roxo e dava para ver claramente através desta porta de vidro desta catacumba onde os restos mortais estavam guardados em um nível mas a baixo da superfície da terra, compartimento em um pequeno subsolo, com o auxilio das luzes das velas que estavam com as chamas incandescentes, percebemos que a gravata do mortuário estava jogada ao chão, ficamos aterrorizados com isto, e quando olhamos com mais precisão veja que constatamos; havia um braço escarnecido que saia de dentro do caixão e parecia que estava puxando a tampa da urna funerária para tampar o seu próprio caixão como se fosse acomodar se neste.

Havia duas pequenas plaquinhas caídas ao chão, eram as identificações destes já falecidos que compunha a lista destes jaz, e dava para ler algo, não tudo, pois; havia alguns objetos em cima das letras, mas dava para perceber que se tratava que o falecido se chamava Fredy e o sobrenome não dava para ler direito, outro pequena placa com outro nome, percebia-se que se tratava de nome de pessoa feminina, com as letras R-Y- T- ai confundia um pouco, tinha algo caído que atrapalhava a leitura, hora parecia um A, esquisito não dava para entender direito o nome da outra morta residente em uma destas urnas funerária.

Grande foi o espanto quando fiz a ligação desta situação com as lendas que se contavam de tal vampiro Fredy, e propagavam nestes povos residentes nestas cidades vizinhas as quais fiquei conhecendo a pouco tempo que cheguei por aqui, história de um vampiro que atacava suas vítimas nestas imediações e eu não sabia da existência deste local; cemitério abandonado perto desta estrada que dirigia às margens destes rios ao quais nos estávamos regressando, eu e estas moças que dei de carona.

Eu já conhecia muito bem este trajeto; mas isto para mim foi uma nova descoberta.

Entre arrepios e calafrios eu observava tudo aquilo que esta noite de terror reservou para nós, eu que sempre fui um homem de coragem confesso que fiquei com medo nesta noite.

Rita embarcou de carona em um ponto da estrada, estava sozinha tentei ajuda-la, pois já estava quase noitinha, a prestei este auxilio, e Ana e o menino já me acompanhava dês de o ponto de partida;

Ana pessoa que eu já conhecia dês de algumas horas, já havia concedida esta carona a mesma, enquanto que Rita a mim era pessoa desconhecida, acabei de fazer amizade a poucas horas, não sabia onde morava, nunca a vi antes; mas me parecia pessoa amável, pois já estava inteirado e neste pouco tempo de conhecimento desta moça já foi o bastante para conhecer um pouco de sua história assim como ela narrava, descrevendo algumas particularidades de sua vida. Em uma de nossas prosas perguntei a ela se já morava muito anos por aqui e ela me respondeu que sim, já fazia muito tempo sim, disse em tom de brincadeira que já há mais de uns cem anos que andas por aqui assombrando as pessoas destas cidade circunvizinhas, rimos e gargalhamos desta piadinha e continuamos em longo papo enquanto o carro rodava por esta estrada deserta durante esta noite fria e nebulosa, horas que antecedia este pequeno acidente que por uma grande fatalidade fomos parar dentro deste velho cemitério abandonado que situava mais ou menos à uns oitenta metro distante desta estrada. Devido aos capins altos plantados às margens da estrada não dava para ver a existência deste Campo Santo, fiquei sabendo neste momento deste imprevisto.

Enquanto transitávamos por entre este cenário não muito convidativo, no momento que saímos do local que observamos o mausoléu, depois de alguns dez passos dali, caminhávamos por aquelas passarela tomada pelo mato entre as lápides algumas já centenárias, qualquer ruído para nós seria um espanto; mas com minhas astúcias percebia que a moça Rita não se abalava muito com este ar fúnebre, parecia para ela muito familiar este ambiente, não dei muita importância e continuei a caminhar, eu Ana e o menino que acompanhava Ana, enquanto Rita às vezes se dispersava um pouco, se afastava do grupo misteriosamente, isto eu ficava um pouco intrigado, ficava eu pensando que ela poderia ir fazer algumas necessidades comum de exigências de nosso ser, não dava muita importância.

De repente a alguns metros dali algo nos deixou em pavoroso, muito chocante; dois faróis incandescentes iluminaram forte em nossos rostos, quase fiquei cego, em seguida fortes aceleradas de um veículo, percebi que se trava de meu carro que produzia este barulho, conhecia muito bem o barulho do motor, corri em direção dele e chegamos apressados, eu Ana e o menino, percebi que Rita havia ficado para trás, não estava com nós neste momento, foi quando ela havia dispersado por alguns minutos.

No momento que nós aproximávamos do veículo as luzes e os faróis apagaram, percebi com clareza que se tratava de meu carro e o acidente não havia causado nenhum problema, tudo estava funcionando normalmente, com uma pequena lâmpada que ficou acesa quando olhei direito percebi que havia alguém de posse do volante, não vi seu rosto era uma pessoa vestido de uma farda quase roxa com um nome no bolso como identificação, li com precisão, estava escrito a palavra FREDY, fique apavorado pois o mesmo nome que estava escrito na plaquinha da gaveta funerária naquele mausoléu.

Logo percebi que este monstro se retirou aos poucos deste local, não consegui enxergar seu rosto que pela impressão que tive parecia totalmente deformado, quando andou uns dez passos, olhou para trás e me disse. – Você se retire imediatamente deste local; cemitério, não demore por aqui caso você não obedeça as coisas não ficarão boas para você.

O monstro continuou a repetir dizendo. – pronto vá logo... Se retire. Falava em tom de voz tremula assim como se fosse uma criatura de outro mundo.

Entrei para o carro acelerei, a moça Ana estava de meu lado e o filho dela; o menino deitou no banco traseiro e imediatamente dormiu, procurei pegar a estrada de volta, nem me preocupei com Rita, a moça misterioso, me apressei para sair dali rápido assim como o mostro do cemitério; vampiro disse.

Olhei só para ver aonde o tal ia, e logo percebi que ele ia em direção da capela; mausoléu, mais intrigado ainda eu fiquei quando ele tomou a mão de outra criatura de aspecto feminino e em seguida adentraram na capela onde estavam as urnas funerárias retiradas das gavetas, foi ai que comecei ligar uma coisa com a outra e lembrei que os nomes que havia nas plaquinhas de identificações era mesmo de FREDY o Vampiro e de RYTA a moça misteriosa que me pediu carona naquele ponto da estrada.

Fiquei completamente transtornado com isto que me aconteceu. Peguei novamente a minha rota, coloquei o carro na estrada e apertei o pé no acelerador, me apressei para me distanciar logo deste cenário horripilante.

Dentro de alguns minutos o dia começa a nascer e já estamos bem distante deste lugar assombrado.

Sempre que eu conto este causo a meus amigos todos dizem eu ser mentiroso, alguns até desconhece a existência deste cemitério nesta curva desta estrada, um dia deste apareceu um senhorzinho e disse e bateu o pé dizendo que, realmente não existe este campo santo neste local e que esta fazenda deste local é de propriedade dele e desconhece totalmente este cenário.

Isso era mais um motivo para que eu ficasse mais intrigado ainda com esta história que me aconteceu.

Ana e Paulinho seu filho desceram do carro bem na entrada daquela cidadezinha, também nunca mais os vi nestas estradas destas rotas.

PARECE MENTIRA, MAS É VERDADE

(Antônio Herrero Portilho/Antherport)

Antonio Portilho antherport
Enviado por Antonio Portilho antherport em 29/12/2013
Reeditado em 20/08/2016
Código do texto: T4629189
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