Conto de Natal
Apenas uma criança. Indefesa diante de um ato. Natal. Os pais deixaram o pequeno com o papai noel, que o estuprou dentro de uma pequena cabine. Primeiramente bolinando e esfregando seu órgão no garoto. Que tentou reagir, mas seus gemidos eram suprimidos pelas mãos fortes do agressor. A voz tenebrosa dizia que iria atrás de seus pais e os mataria. Já que conseguiria entrara na casa sem ser percebido. Assim que entregava os presentes. O menino voltou para casa com dores anais. Primeiro foi o dedo e depois o pênis inteiro. Machucando o garoto. Cresceu com aquele segredo. Procurou ser o melhor em tudo que fazia. Suas relações com mulheres foram frustradas, já que o trauma persistia. Um dia conseguiu se livrar do tormento, tendo uma noite de prazer com uma moça que amava. Algo o consumia. Se especializou em armas e técnicas de tortura.
Na primeira noite, saiu despretensiosamente. Encontrou aquele sujeito vestido de papai noel, em a uma casa, no gramado. Provavelmente aguardava a hora certa de entrar e fazer a surpresa. Recebeu uma pancada na cabeça com uma pá. Nas noites de natal, ainda mais próximo ao horário da ceia, as ruas ficam mais desertas, as famílias se concentram em suas casas. Os que não comemoram, ficam em algum bar ou caído em alguma esquina. O comércio fecha e isso facilita certos atos. O agressor era forte. Arrastou o corpo do papai noel até a calçada. Virou a pá e acertou golpes com a lateral do objeto até abrir a cabeça do sujeito. Barba e cabelo postiços ensanguentados. Aquela família um péssimo dia de natal. Soube através da vizinhança que encontraram um corpo que parecia ser de um dos seus. E a confirmação. A polícia se mobilizou e o caso ganhou destaque, já que se passou em uma data considerada de amor e confraternização.
Não satisfeito, se dirigiu a outro lugar. Aguardou o papai noel que saía de um shopping após o dia todo ali fantasiado. Este recebeu uma gravata e desmaiou. Já idoso. Uma corda enrolada em seu pescoço e corpo jogado de cima de uma sacada. A cena terrível. Um carro com jovens que iam para uma casa noturna. Embriagados, se depararam com aquilo. Ligaram para as autoridades que nem resolveu autuá-los por estarem embriagados. Os casos começaram a ter ligações. Uma busca por um suspeito. O alerta a quem estivesse vestido de papai Noel. Um desavisado, dirigindo seu carro, com as roupas características, acabara de participar da ceia e resolveu manter-se fantasiado para encontrar um grupo de amigos. Uma pedra estourou o pneu do carro, colidindo em um poste. Um sujeito aparece e ele pede ajuda. Mas tem sua garganta cortada. As câmeras de segurança registram tudo. Agora os detetives sabem que utiliza um manto que encobre seu rosto. Tem estatura alta e um corpo largo, demonstrando ser forte e frio.
Um garoto brincava com a roupa de papai noel, que os pais compraram em uma loja do shopping. Foi agarrado e arremessado de um carro em um viaduto. O pequeno corpo fantasiado e caído na avenida, deixando motoristas horrorizados. O desespero dos policiais que estavam de prontidão, recebendo diversos chamados. Até que chegaram em uma cena real. O agressor com um machado e o papai noel degolado, em uma loja, onde duas vítimas, trajadas a rigor foram surpreendidas. Estavam vestidos dessa forma por causa de um bico que faziam. Descolaram uma grana naquele natal, eram alcoólatras que no final do ano conseguiam um dinheirinho extra para suas bebedeiras solitárias. Os policiais atiraram contra o assassino. O corpo foi levado para exames no instituto médico legal. A segunda vítima conseguiu sobreviver. Sendo resgatada e pouco falando por estar em estado de choque. Levada até sua moradia. Posteriormente teria que prestar depoimentos. Chegando em casa, a suposta vítima, lavou o sangue das mãos e tirou do bolso sua lâmina. Fez mais uma marca no braço. Cada vítima que fazia, um talho novo era gravado, como forma de sempre recordar do feito e de que ainda restava muito a se fazer. O objetivo era exterminar essa figura natalina. Cada ano iria causar mais caos, até o natal se tornasse uma data temida e as pessoas deixassem de recriar o mito do papai noel. Nenhuma outra criança passaria por aquilo. Outro natais viriam e a carnificina estava apenas começando.