O JARDIM DAS MORTAS
A casa se localiza em uma área do centro da cidade, de estilo neoclássico, muitos transeuntes admiravam-na pela bela arquitetura e pelo suntuoso jardim que inspirava serenatas ao luar aos jovens casais apaixonados que se enamoravam.
Quando as luzes do teraço ascendiam, milhares de gatos apareciam para se alimentar pelas mãos do cândido senhor. Um homem velho, de olhos verdes, pele branca como a neve.
Um dia, a jovem Lucinda Cardoso de Moraes, de 27 anos, caminhava apressadamente pelas ruas tranquilas e esquisitas do trecho arborizado da área bucólica. No entanto, ela precisava chegar ao ponto de táxi das imediações próxima do casarão que ficava depois da praça da Independência, e como estava chuviscando, relampejando e trovoando, ela temerosa pediu abrigo ao encantador senhor porque já passava das 18 horas, e como ela já o conhecia chamou-o pelo interfone. As luzes acenderam um por uma, ela ficou admirando o jardim que convidava-a à entrar.
- Quem é? – Perguntou a voz rouca de Luiz.
- É... – Sem completar a frase o portão abriu, ela entrou.
A moça assustou-se com tantos gatos no terraço e quis sair correndo na chuva, o odor era terrível.
O corpo da jovem nunca fora encontrado.